Se não pensares no dia de amanhã, não vale a
pena viveres.
O Governo deve rever de imediato o Orçamento
Geral do Estado, sob pena de enfrentar a fúria da população. (Abílio Camalata
Numa, político da Unita)
De um português em Angola: As coisas não estão
muito boas, mas também não há motivo para alarmismos.
E o prémio nacional de jornalismo não partidário
vai para o jornalista Carlos Rosado de Carvalho, do jornal Expansão. Para o
jornalista, António Festus, da Rádio Despertar, e para os jornalistas do Folha
8, António Setas e William Tonet.
Os meus eleitos do ano: Ministro do ano, Batista
Borges, ministro da energia e águas. Literatura, José Eduardo Agualusa.
Político do ano, Sediangani Mbimbi, do partido PDP-ANA- Partido Democrático
para o Progresso-Acção Nacional Angolana. Todos os presos políticos. Jornalismo
investigativo, Rafael Marques de Morais. Mulher do ano, Miahela Weba. Rádio do
ano, Rádio Despertar. Outro eleito do ano, o advogado David Mendes.
E coitadas das árvores, não foram podadas e com
o peso da água da chuva acabarão por desabar. É ver tudo a esperar desabar, a
se arruinar. Angola a desabar e o governo a descansar de muito trabalhar.
Trabalhadores da TCUL- transportes colectivos
urbanos de Luanda, estão em greve porque há nove meses não recebem os seus
salários. O governo – a desabar – mantêm-se em silêncio. Entretanto, os trabalhadores
ameaçam entrar em greve de fome. (Rádio Despertar) Salários para os
trabalhadores não há, salários para os corruptos… há sempre.
Com os seus presos políticos até gora
injustificados, Angola torna-se no principal país da infâmia mundial.
Um homem que faz tudo sozinho é mal aconselhado,
é um homem derrotado.
Os exércitos de famintos já se movimentam. Claro
que as crianças são as principais vítimas.
Podemos retirar de Angola todas as riquezas para
o nosso sustento. Isto é, retirar as riquezas do solo e do subsolo que depois
de transformadas são a nossa miséria e a nossa fome.
A repórter da TPA- televisão do “partido” de
Angola, está na Ilha do Mussulo e pergunta a uma jovem se está contente por
passar o fim do ano. A jovem responde que habitualmente passa todos os fins de
ano no Mussulo. E a repórter pergunta-lhe se é a primeira vez que vem passar o
fim do ano no Mussulo.
O xerife de Notthingham subiu outra vez os
preços dos combustíveis, o gasóleo ronda os cem por cento de aumento. Antes,
desde 01 de Maio de 2015, estava a setenta e cinco kwanzas, desde o dia 01 de
Janeiro de 2016 passou para cento e trinta e cinco kwanzas. A gasolina que
antes estava a cento e quinze kwanzas agora está a cento e sessenta kwanzas o
litro. Aguardo com ansiedade que o Robin dos Bosques nos salve, pois que as
nossas vidas estão em perigo. E como se continua sem contabilidade, quando ela
agora se torna imprescindível – os corruptos não querem nada com contabilidade,
preferem destruir Angola e também a eles, pois pelo turbilhão de Angola serão
arrastados – devido ao rigor dos gastos e dos custos que a penúria financeira
exige, Angola torna-se num país maldito. Os assaltos atingirão níveis jamais
vistos ou sonhados acompanhados pela mortandade também jamais vista. A miséria
e a fome originarão os temíveis exércitos de famintos. E não será verdade o que
dizem: “Não se metam com o Mpla!”. Na verdade será melhor dizer: Não se metam
com um exército de famintos porque a sua fúria é incontrolável. Creio que o que
há a fazer é “cagar” nos partidos políticos da oposição e criar um movimento de
salvação nacional que congregue todos os cidadãos para que a fome não nos
carregue para os seus celeiros sempre vazios.
2016, o ano do caos. Chegou o primeiro dia do
ano da desgraça de 2016. O exército de famintos aglomera-se na república dos famintos
de Angola. Com o aumento dos preços dos combustíveis num estado falido pelo esbanjamento
da realeza, onde os preços sobem constantemente, ontem a embalagem do fumo para
mosquitos que estava a duzentos kwanzas, subiu para duzentos e cinquenta
kwanzas. Se a população já não podia suportar mais nenhum gasto, - onde pára a
cebola?!, os asiáticos carregaram-na para os seus países?, pelo que parece
também serve para especular – agora com mais este aumento dos combustíveis é o
caos total e completo. Mas o país não parece na penúria porque se ouviram as
habituais explosões dos fogos de artifício de fim de ano. Então, há ou não há dinheiro?
Quer dizer, os fogos de artifício são para uso exclusivo dos príncipes e das princesas
deste reino. É necessário manter a vida faustosa da minoria palaciana. Há que
extinguir ministérios e similares para se conseguir dinheiro, mas a corte do
rei sol não aceita isso e condenará à morte quem se lhe opor sob a acusação de traição
ao rei.
De um amigo perito: “O preço (do barril de
petróleo) abaixo dos 40 dólares é impraticável para as empresas.”
Mwangolé! As forças políticas medíocres estão
contigo.
Corrupto amigo, o povo parece estar contigo!
O general, Pedro Neto, presidente da FAF-
federação angolana de futebol, disse que nas folhas de salários há vários
trabalhadores que nada fazem e recebem os salários sem trabalhar. E que isso
monta a noventa mil dólares mensalmente. Pergunto: quantos mais milhares existirão
nessas condições? E ainda mais pergunto: quando é que se acaba com este
comunismo que nos corrói as almas, que reduz Angola a uma partícula que nos
domina, que como num núcleo atómico se prepara para a grande explosão atómica
do tal pesadelo de uma sociedade sem classes, que para existir necessita da
classe do poder, a tal classe que nos conduziu ao primitivismo da história.
As famílias são o suporte de uma nação. Em
Angola os seus alicerces são a corrupção.
A maior calamidade que nos acontece, é o não
confiar em ninguém, porque os que nos dominam estão muito carregados de
primitivismo.
A vida não tem sentido. Tem um, conseguir
dinheiro para não morrer de fome.
Quando a visão é curta, os horizontes da
democracia, da liberdade e das ideias são inacessíveis.
As frutas da árvore da democracia estão maduras,
podem ser colhidas. Lamentavelmente não há democratas para as colher e assim
elas vão apodrecer.
Outro mártir da intolerância política e da
repressão do desespero do caos de Angola, é Marcos Mavungo, preso político em
Cabinda sem acusação, sem lei, à espera que apodreça, sucumba na prisão, porque
é esta a liberdade de expressão consagrada na constituição.
Quem dirige a economia de Angola e logo o poder,
são os chineses, os paquistaneses, libaneses e indianos. E por isso mesmo Angola
é por vontade própria trincheira firme dos asiáticos em África.
E há sempre alguém que olha com satisfação para
o descalabro de uma nação. Porque dirigindo-a como se fosse um bocado de terra
de propriedade pessoal, pouco lhe importa quem nela vive, porque como um senhor
feudal quem morrer que morra e daí nada de anormal, pois quem manda com poderes
absolutos, desde que no seu solar não lhe falte nada porque as manadas de
escravos famintos nada têm a reclamar pois é delas a morte.
Mas que ilusão essa pretensão de nos quererem
libertar do colonialismo pois que afinal para outro caminhavam sempre
acompanhados de massacres. No colonialismo os povos não tinham direitos e com a
independência também não têm. Massacram-se povos em nome da independência e do
fim do colonialismo. Na generalidade a classe política é corrupta porque perdeu
a capacidade de fingir, perdeu a noção de mentir.
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