A
corrupção
É
a heroína da nação
É
dinheiro para a corrupção inundar
E
nós sempre a mendigar
O
teatro da fome nos vai apoiar
A
morte nos vai libertar
Com
o amor acabaram
Os
nossos corações confiscaram
Eles
nunca amaram
A
corrupção conquistaram
Agora
registo eleitoral
Depois
batalha campal
Amiúde
as sirenes passam
A
liberdade que devassam
Nada
de novo neste amanhecer
Também
não ao entardecer
Outra
vez o desespero do anoitecer
E
já é oficial
África
no campeonato mundial
Continente
da fraude eleitoral
E
da lei marcial
E
depois o cheiro acre
Dos
eleitores, o massacre
Para
o lixo e a sua podridão
Com
taxas se castiga a população
Para
o lixo acabar é fácil a solução
Basta
taxar o lixo da corrupção
Ver
a TPA televisão
Faz
mal ao coração
Porque
a TPA não é televisão
É
um caixão
O
horrível chumbo do ser
Em
quem vou votar
Se
na oposição não posso confiar
Quantos
mais opositores conheço
Mais
desfaleço
Os
homens nascem iguais
A
corrupção fá-los desiguais
Quando
a cabeça só pensa em roubar
Não
há nação que se possa salvar
Aqui
não se pensa só se obedece
Casas
arrasadas, o negócio que floresce
Mais
desgraças vão vir
Já
não temos forças para sorrir
Se
o exército da corrupção não acabar
Do
seu massacre ninguém vai escapar
Democracia
com generais no poder
É
a lei marcial manter
Até
o poder se derreter
De
um momento para o outro se perder
Os
regimes ferozmente corruptos
Despedem-se
tragicamente, mal
Porque
nas entranhas, dissolutos
Um
réquiem angolano será a moral
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