República das torturas, das milícias e das
demolições
Diário da cidade dos leilões de escravos
Ano 1 A.A.A. Ano do Apocalipse dos Angolanos.
Assim, já estamos bem esclarecidos de que a
democracia em África é uma fantochada. A melhor, pior, muito
pior, é quando os dirigentes africanos alcançam o poder e depois não mais o
largam sob a alegação de que é necessário defender as conquistas democráticas e
de que isso é necessário para perpetuar a democracia.
A África negra não dá para investir, só dá para
saquear. Angola, África é de quem as saquear. E que vença o melhor… saque.
Em África os golpistas são quem mais ordena na
corrupção. Angola terra da mortandade, a corrupção é quem mais ordena dentro de
ti ó Angola, diria José Afonso.
O último a sair que apague a luz! Será que
posteriormente Angola será terra de ninguém?
E dizia um membro de um partido político da
oposição que, “tem que haver diálogo." Não sei como porque um tubarão não
aceita diálogo.
Quem pedir pão leva tiro.
Reprime-se tudo mas a santa corrupção não, muito
pelo contrário, está muito defendida, bem fortalecida.
A origem de todos os males é a desinformação, e
por isso não admira nada que a África teime na manutenção de fantoches no
poder.
As atrocidades cometidas por militares nos zangos
de Viana, mostram o panorama do futuro a curto prazo. Angola e a África
esforçam-se intensamente para o seu período do tempo mais negro. Angola e a
África desejam o Holocausto, o estabelecimento da vida da Idade Média. É um
desejo profundo que move cérebros há muito empenhados na loucura da constante
violência do viver para aniquilar o próximo. Angola e a África perdem-se no
tempo, e depois o tempo não se lembrará, se esquecerá.
Partem-se
milhares de casas, mata-se à vontade quem se quiser para entregar terras a
alguns nacionais e miríades de estrangeiros. Como cérebros atrofiados não
reivindicam, não se manifestam, e quando uma centelha de inteligência ilumina
algum, desperta-o para a realidade vigente, é de imediato eliminado sob a
acusação de atentar contra a segurança do Estado e de pretender eliminar a
montanha de dirigentes que nos governam, na realidade qualquer coisa parecida
com isso, ou sob a alegação de que são agentes ao serviço de países que
pretendem impor-nos a democracia, é de imediato sancionado e até com a maior
desfaçatez eliminado. E com cérebros corroídos pela ferrugem intelectual, fácil
é Angola saquear e populações sem cérebros dominar. Para que só com um cérebro
a funcionar demasiado fácil é governar.
Só
com um cérebro a funcionar, muito fáceis eleições é ganhar. A comunidade
internacional as mãos está a esfregar porque fácil é apenas com um cérebro
dialogar. Com uma nação de carneiros é o paraíso da democracia. E à Igreja e às
igrejas é muito fácil a extorsão do que resta do dinheiro desses pobres
cérebros errantes. E a Igreja e as igrejas dizem que isso é bom porque é um dom
de Deus. Claro, não havendo cérebros, continuamente se diz que o povo angolano
é muito - que esta Angola é tudo do muito - pacífico, não faz mal a uma mosca. E
Angola mergulha na escuridão da corrupção, pois sem cérebros não há oposição.
Dá para tudo, até para vampiros que confiscam e se lambuzam com o sangue dos
indefesos corpos de cérebros apalermados que teimam que os vampiros são
mosquitos. Com milhões de cérebros danificados e apenas um que funciona, Angola
é considerada o local ideal para o gado estrangeiro pastar. De Angola nada mais
há a esperar. Angola é para aniquilar. Angola é para queimar. Angola é para
saquear. Angola é para defraudar. Angola é miséria e fome. Angola é o paraíso
da escravatura. Angola foi alugada pela Igreja e pelas igrejas. Angola é o maná
dos dízimos. Angola que há quarenta anos está dominada, governada por um
ciclone político. As rajadas de vento e chuva fortes impedem-na de seguir o
curso de um país normal. E devido a essa tormenta, Angola não resiste ao caos
das romarias. Se ao menos um dos seus milhões de cérebros despertasse, a
salvasse, mas não, isso é sonhar. E viver de ilusões não dá. Talvez alguém
consiga descobrir o antídoto para a epidémica desgraça que devora os cérebros
da populaça. Mas não, porque a África e os africanos estão abandonados, ninguém
lhes liga. Perante a comunidade internacional são considerados como moscas
incómodas. O caos do projecto inviável de Angola prossegue. Mais uma desgraça
de país se contempla.
No
rodapé do noticiário da TPA: “Petróleos. Empresas prestadoras de serviços estão
a falir por falta de divisas.” E mais “o governo custeia as despesas da
peregrinação da Igreja ao santuário da muxima.” É esta a lisura da estratégia
para a saída da crise.
Alcoolismo,
feitiçaria, festas, Igreja e igrejas. Este é o veneno que impede que um povo
seja incapaz de se levantar e caminhar.
Enquanto
a oposição continua sôfrega e prisioneira da teia eleitoral, brevemente se
deparará com um país totalmente, fatalmente falido, ineficaz porque finado pela
fome. E depois… haverá depois?!
Palavras
não enchem barrigas.
Já soam
vozes a clamarem que o registo eleitoral está uma trapalhada. Sim, Angola é a
república da grande trapalhada. E o soba no zango 4 em Viana, pergunta à
população da república das demolições se vão votar no Mpla, e os presentes
gritam em uníssono “não, não vamos votar no Mpla!”
Angola é
também a república do gatilho, porque nele fácil é carregar, até qualquer
criança o faz a brincar, é fácil disparar porque para matar não é preciso
pensar. O poder está… é o gatilho. Quer dizer, para usar o gatilho não é
preciso cérebro, e assim a função diária é matar, apenas pelo prazer de o
fazer. E quem está habituado a matar não consegue parar, e por isso mesmo os
cadáveres não param de aumentar.
Pelo
idêntico comportamento semelhante à queda do império romano, creio que não há
hipótese de sobrevivência.
"O
agente público que, contra o que esteja legalmente estatuído, conduza ou decida
um processo em que intervenha, no exercício das suas funções, com a intenção de
prejudicar ou beneficiar alguém, é punido com prisão maior de dois a oito
anos", artigo 33.° da Lei da Probidade Pública. (Citado por Fernando
Macedo)
Grandes
fortunas em Angola subiram 318% nos últimos 10 anos: Temos 6.400 milionários. O
número de ricos com pelo menos um milhão de dólares no país aumentou 318% entre
2005 e 2015, indica a consultora britânica Knight Frank, especializada em
"medir o pulso" do mercado imobiliário de luxo. In Novo Jornal
E se eu confessar que até é muito bom que o Mpla
ganhe as eleições – não tenho dúvidas nisso porque a máquina eleitoral da
destruição da oposição marcha em grande ofensiva – porque de certeza absoluta
não aguenta mais um mandato no poder. Portanto, creio que não vale a pena a
oposição ir para as eleições porque o tempo substitui a oposição.
Antes era, vamos todos para Angola. Agora é,
vamos todos fugir de Angola.
Acabo de saber que um familiar está em casa
porque a empresa onde trabalha, uma empresa do ramo metalúrgico gerida por
portugueses, não tem dinheiro para pagar aos trabalhadores, o que significa que
é mais uma empresa que faliu.
De um mais velho: “Mas eles lá na televisão põem
tudo bonito, mas cá fora é só miséria. É melhor desligar”.
As palavras do célebre Dr. David Mendes ainda me
martelam no cérebro como o martelo demolidor desta república das demolições:
“Não vamos substituir uma ditadura por outra.” Isto é, não vamos sair de um
inferno e entrar noutro pior. É necessária muita cautela com os impostores
políticos que os há como que a granel. Creio que nesta Angola sem oposição,
coitada da população.
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