RCE - República dos Comités de
Especialidade, algures no Golfo da Guiné.
Paz
com presos políticos é guerra!
E depois de poucas ou nenhumas
consultas, o general chinês impôs a concordata imperialista da sua Angola, uma
espécie de colónia chinesa: que a partir de agora devido aos astronómicos investimentos
chineses, quase todas, ou todas?!, as
terras apetecíveis passariam a propriedade chinesa e para isso acontecer – a
China como regime comunista é-lhe impossível conviver com a democracia angolana,
porque onde ela está os chineses não podem saquear a seu bel-prazer, então há que
destruir, destituir todos aqueles que se aventurem a propagar a beleza, a
realeza dos debates democráticos sem transmissão televisiva ou radiofónica, que
conduzem ao bem-estar social e económico. Há que explicar que para saquear à
vontade há que destruir os fundamentos da democracia, porque desde quando
negros selvagens usufruem desses direitos? Nunca ! Jamais! – o general chinês
mandou decretar de imediato o POLPOLRE-Polícia Política e Religiosa.
Praticamente só continha um único artigo de interesse a saber: todos os
suspeitos ou não são sempre passíveis da nossa espada legislativa. Para isso,
basta o simples facto, ocorrência superficial ou não, bastando para todos os
efeitos da lei ou fora dela o simples facto da denúncia ou o estar na
contra-mão de qualquer pessoa que desagrade. Portanto, quem não estiver na
nossa sintonia, o cobiçar da mulher ou namorada alheia, ou qualquer outra
invenção para apanhar seja o quer for dos bens alheios que reverterão a favor
do estado – entenda-se, a favor do interrogador que também terá plenos poderes
para praticar actos sexuais com uma mboa que nunca se conseguiu porque ela não
gostava nada do inquisidor – de facto e de jure.
E logo de seguida as forças
especiais do POLPOLRE – em todos os locais existiam forças especiais - entraram
em acção, isto é, na acaparação de todos os bens da população. Suplantando Idi
Amin e outros génios africanos da prepotência, o POLPOLRE refinou as torturas,
as demolições e as milícias. O mais importante era garantir o milionário
empréstimo (?) chinês ao seu homólogo politburo da RCE. Então, as terras há
muito milenárias dos povos da RCE teriam que passar num ápice para a
colonização chinesa. Os presos políticos nasciam, criavam-se como coelhos, tudo
servindo de pretexto para os colocar em luras especiais gradeadas, ao bom
estilo chinês de eliminação de tudo o que for oposição. A economia da RCE ficou
yuanizada. O esterco chinês da falsa manufacturação guindou-se no principal
eixo da exportação para a RCE. Era só ver os falsos equipamentos da vanguarda
chinesa acabados de chegar e pouco tempo depois na lixeira os camiões do lixo
os carregar.
Na China os seus técnicos aguardavam
com heróica expectativa o seu envio para as terras africanas da RCE. Os
chineses, conforme orientações superiores do seu politburo quando entrevistados
gabavam-se com heróica expectativa do envio dos seus técnicos para as terras
perdidas, agora descobertas pela gesta heróica dos seus navegadores que com
inaudita persistência conseguiram também conforme os descobridores anteriores,
dar ao mundo um novo mundo chinês. E se necessário for transformar aquela praia
ocidental africana numa outra espécie de Sudão. O Sudão do Norte e o Sudão do
Sul. Antes disso fornecer bwe de armamento e depois instalar fábricas de armas
e munições para que as populações se dizimem entre si.
No terreno tudo se preparava, tudo
estava a postos para a grande recepção da grande recessão económica que o poder
da RCE se escusava a comentar, preferindo inventar inimigos para uma guerra
total e completa. Isto, claro, servia o interesse chinês da bravata negociata
da venda de equipamentos militares. Mas a CEAST- Conferência Episcopal de
Angola e São Tomé, não foi na conversa. Desmascarou o longevo partido dos quase
cinquenta anos do poder usurpado, numa cantata que essa linguagem da guerra tem
que ser parada porque se nós estamos em paz, não podemos falar de guerra. Bom,
é por demais evidente que quem fala de guerra é porque não tem soluções para
nada. Basta ver o preço do petróleo a baixar copiosamente para a miséria da derrota
final, e os preços de tudo o que é comida a subirem diariamente. Quem não sabe
opinar, só sabe guerrear. Pessoalmente creio que se deveria criar um movimento nacional
espontâneo de abandono dos velhos do poder. Não tenho nada de pessoal contra
eles, mas acredito desmedidamente que esse exemplo deve ser seguido pelo Presidente
da República, e depois pelos seus correligionários. Creio que nós não necessitamos
mais de um governo da guerrilha e para a guerrilha, queremos pessoas
experimentadas nas artes da boa política. Governar com arma na mão é disparar,
é matar a nação.
Fábio Sagres disse: “Nós andamos a brincar com
coisas sérias, a Ponte Molhada do Benfica será fechada das 8h às 12h de amanhã
(ou Sábado, salvo erro) para ser inaugurada? Mas que tipos de pessoas dirigem
este País? Uma ponte que já ficou fechada por muito tempo, agora que está em
condições de circulação, será fechada para inauguração? Cérebro em Angola
precisa-se, fod*-se!!! Isto é o cúmulo do ridículo, estão sempre a viajar ao
exterior não aprendem um pouco com os outros??? PQP!!!”
Diversificar a economia já não dá, o
sustentáculo disso é o preço do petróleo que se esfumou noutra manhã
revolucionária. O que dá para diversificar, dá sempre, é a corrupção, essa ciência
que é o baluarte desta economia.
Se não há dinheiro como é que diariamente os
preços sobem?!
As sirenes dos serviços prisionais anunciam a
prisão de presos políticos, corruptos jamais!
A RCE não pode argumentar seja o que for em sua
defesa, porque um país que vive de corruptos, é um país de metralha.
Ainda mais: um país alicerçado na corrupção, qualquer
um dos seus governantes não pode mover uma acção judicial contra qualquer cidadão,
porque logo à partida cai na abismal ilegalização.
A China ao desvalorizar a sua moeda não é o
gigante, é o anão asiático, porque não há economia que funcione num regime de governação
comunista. É impossível funcionar porque uma economia não pode, não deve depender
de um politburo. Se um sistema económico depende de um grupo de pessoas, isso
não é economia, é ditadura. Salários de miséria originaram, ainda originam o
falso enriquecimento da China. Agora os salários dos trabalhadores chineses aumentam,
e isso leva ao ajoelhar da economia chinesa. É bom nunca esquecer a célebre fórmula
da economia do sistema comunista angolano, o 30.214. Foi com este número que se
transaccionaram durante muitos anos de ouro petrolíferos as importações, que depois
o sistema abruptamente caiu. É mais ou menos como agora no sistema económico
chinês. A rigidez do sistema económico comunista acaba por levá-lo à ruína.
Porque não se pode viver de falsa propaganda permanente, porque essa ilha
misteriosa acaba por ser finalmente descoberta, revelada ao mundo. Porque
ninguém pode viver isolado do mundo, ninguém pode iludir crianças com contos de
fadas, porque elas crescem e descobrem a realidade, a falsidade em que viveram.
Como no pai natal que lhes põe brinquedos nos sapatos, mas que depois descobrem
que isso não existe. A falsidade conduz à destruição da realidade.
Isto muito rápido vai fervendo, até que depois
acabe transbordando – já está - da panela.
E tudo está a postos para o grande campeonato
nacional do bombardeamento da população.
Imagem: setenta anos da Coreia do Norte. ELPAIS
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