E entretanto os exércitos de
famintos vão-se multiplicando na África, o continente dos famintos, dominada
por famílias, tribos que tudo fazem para permanecerem eternamente no poder
perante uma oposição de palavras. Uma oposição que apenas pretende o poder,
está certo, não digo que não, mas perante tanta miséria que se transformou em
fome, não podemos viver de palavras mas sim de acções concretas. Quem tem medo
do poder instituído que dê o fora e o entregue às organizações civis
competentes numa primeira fase e instaure a democracia. Longe da Igreja e das
igrejas que só destroem Angola e os angolanos.
Já não se pode falar de banca em
Angola: “Luis
Almeida. Uma vergonha, se querem que nós os Portugueses nós vamos embora digam
e ficam com a chinesada, farto. Martinho existe pessoas a passar fome sr
Governantes quer Angolanos quer Portugueses metam mão nesta falta de respeito
por quem trabalha.
Fernandes José Pereira. A falta de respeito é
tanta que eu acrescento uma situação que se passou hoje comigo no banco estatal
onde me dirigi para levantar kwanzas e resposta pronta da funcionária da caixa,
não temos dinheiro??????fiquei boquiaberto mas???????? muito me apetecia dizer
e dar azo a raiva que me vai na alma mas fico-me por aqui. A todos festas
felizes.
Bruno Pedro. Tenho transferências para pagamento
de mercadoria importada que já estão no banco à mais de 1 ano... BIC e Standard
bank são os piores culpados.
Fernandes José Pereira. Para que conste
infelizmente não há um único banco em condições em Angola
Fernando Ferrão. Em Novembro, quando vim embora,
comprei alguns dólares na rua ao pé de Alvalade e foi-me dito que estavam a
trabalhar para o gerente do banco
Carlos Botelho. No final de Abril dentro do
Banco Bic trocaram-me dólares ao preço da Candonga e tinha que passar junto ao
Gerente para trocar, mesmo ao lado dele só com o biombo a separar.
Ricardo Selas. O que mais me entristece é
que a maioria dos bancos nisso são de origem portuguesa! e estão a dificultar
as remessas para Portugal a prejudicar as empresas e trabalhadores!...
Milton Rocha. Esta merda tá uma grande
palhaçada...pouca vergonha esses funcionários dos bancos...eu no BPC até a
tomarem pequeno-almoço estavam-me atender...”
Igrejas do demónio. A religião das igrejas não é
a salvação das nossas almas, é a salvação dos sacerdotes corruptos. Domingo, 13
de Dezembro de 2015, na rua Rei Katyavala, em Luanda, aconteceu talvez um dos
episódios mais reveladores da falsa religião, dos demónios disfarçados de
embaixadores de Deus. São catorze horas, uma tarde que dir-se-ia estar sob
recolher obrigatório, pois o trânsito era quase inexistente. Antes pela manhã o
céu inundou-se de nuvens bem atestadas de água que não tendo onde despejá-la,
decidiram que Luanda era o melhor lugar. Durante quase uma hora não era chuva,
era dilúvio, castigo de Deus como apregoam as pobres almas corrompidas pelas
igrejas. De repente a rua inunda-se de carros desses de luxo, os tais do tal
modelo topo de gama que decerto vieram directa ou indirectamente dos fundos
especiais do petróleo precocemente extintos e que depois no futuro os
arqueólogos ao escavarem no projecto, vamos descobrir as ruínas do petróleo de
Luanda, lá encontrarão certamente vestígios dos tecidos desses sacos e
reconstituirão o modo de vida dos corruptos deste tempo. Estacionam
ilegalmente, isto é, desde um minimercado nas proximidades até para lá da
igreja adventista do sétimo dia, encostados aos carros estacionados. Ninguém
pode sair pois os sacerdotes e suas famílias no interior da igreja decerto oram
ao senhor Deus que inspire o seu eleito para que os sacos secretos do dinheiro
não acabem e algum lhes sobre, pois nada melhor do que servir a um deus
corrupto, pois povo analfabeto é muito fácil de dominar, espoliar. Ninguém
queria acreditar porque era a primeira vez que tal acontecia. Um ou outro
morador com o seu carro com tracção às quatro rodas subia para o passeio e
conseguia escapar da divina emboscada. Mas tal sorte não teve uma jovem com o seu
carro não preparado para tais aventuras. Notava-se bem que ela estava
angustiada e tinha muita pressa de escapar da emboscada. A pobre coitada
buzinou, buzinou mas nenhum sacerdote ousou, responder aos seus apelos se
dignou. Ela protestava verbalmente mas em vão. Conseguiu motivar um segurança faminto,
pois até esse momento ele ainda não tinha sido sorteado com o envio da comida
diária. Ele disse na jovem que esses carros estacionados eram da igreja. Ela
muito apressada para lá foi, e não tardou muito porque com ela veio o que
parecia um sacerdote que chegado ao local do enclausuramento do veículo da
jovem parou e chamou-lhe a atenção que, tem que ter civismo, que não é assim
que se abordam as questões. E repetia, melhor, disparatava sob a corrupta
inspiração divina que ela não tinha dotes de civismo. Mas ela não estava para
ouvir sermões de sacerdotes do demónio e gritou-lhe para tirar o carro que ela
queria sair. O sacerdote escudava-se na podridão da sua bíblia, até que um
vizinho gritou: “Igrejas do demónio! Igrejas do demónio!” O servidor da
corrupção divina ouviu bem, não demorou e logo o seu carro tirou e a jovem dali
debandou. E os sacerdotes de mais esta igreja do petróleo só retiraram os seus
carros quando eram dezassete horas. Decerto que esta igreja está inscrita no
comité de especialidade das igrejas do petróleo. Como é possível uma irrisória
igreja ter poder ditatorial. Só mesmo num país de faz de conta tal é possível.
Significa isto que religião é destruição. Angola atingiu tal nível de mediocridade
religiosa que pode-se dizer que a religião prepara, infla os corações para que
os tumultos sejam um facto consumado. Com a religião a apoiar o país para ele
desabar, por este andar não admira nada que a exemplo da Gâmbia, Angola se
declare também um estado islâmico, ou até melhor, um estado chinês, o que para
isso pouco falta. Mais alguns meses e veremos Angola em poder do saque chinês.
Todos os caminhos de Angola vão dar à confrontação. E com políticos de lamentos
não há transformação da sociedade. As igrejas do demónio todos os dias disparam
o seu canhão da religião da destruição. Creio que se em Angola não existisse
religião as nossas vidas seriam bem pacíficas, pois onde a religião se instala,
vem a intriga, a corrupção, a escravidão e o analfabetismo. Deus é um invento
dos seres humanos corruptos para destruir nações e subjugar os seus povos.
Angola parece governada por uma tribo que não aceita mudanças, preferindo o
viver na obscuridade do tempo do poder da feitiçaria.
Mas, afinal em que época estamos? No tempo de Al
Capone? Texas City? Estamos no tempo das seitas políticas. No CAOS-corruptos
angolanos organizados em sociedades: Gustavo Costa no Expresso: “Chineses,
libaneses, malianos e senegaleses fazem, todos os dias, nas ruas de Angola,
transações de milhões de dólares. E se, à cautela, o governo preferiu não
arriscar, na proposta de orçamento para 2016 a previsão da taxa de câmbio
continua a subir o número de bancos internacionais que decidiu congelar a sua
condição de correspondentes dos bancos angolanos. A crise de tesouraria agora
atinge também os kwanzas e há ministérios que não pagam os ordenados dos
funcionários há dois meses. Em muitas cidades do país, em diversos bancos, os
angolanos deixaram de poder levantar dinheiro através do sistema multibanco
como resultado do entesouramento levado a cabo pela máfia chinesa. Remessas não
controladas de dinheiro passaram igualmente a ser enviadas, de forma ilegal,
para a China, a partir do aeroporto 4 de Fevereiro. Hoje, em tempo de penúria,
a par dos chineses e libaneses, quem manda no mercado cambial informal são
também os comerciantes malianos e senegaleses, que montaram o seu “banco de
dólares” a céu aberto, no bairro do Cassenda. “Aqui são feitas, em poucas
horas, diversas transações que, de uma assentada, atingem o milhão de dólares
e, o que é estranho, é que a polícia sabe disso mas não intervém...”, revelou
ao Expresso Victor Moreira, morador naquele bairro. Noutro extremo, os
angolanos com necessidades de adquirir mercadoria na China, adiantam os kwanzas
em Luanda aos chineses e estes, sem qualquer interferência bancária,
disponibilizam a moeda chinesa no seu país... “Nesta senda, estamos a ser todos
cúmplices da vergonhosa transformação de Angola numa gigantesca ‘lavandaria’ de
dinheiro.”
Exércitos de famintos angolanos, não posso
desejar-lhes um feliz Natal porque a Igreja e o seu partido fundamentalista
apostaram que a fome é a única via que nos traz a felicidade.
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