domingo, 3 de junho de 2012

BWALA PRESS. Os cidadãos são o que o Governo é, isto é, se o Governo é bandalho, as populações vivem na bandalheira



Já não consigo distinguir, se é a política que é medíocre, ou se os políticos é que o são.
O segurança
Luanda, 28 de Março, pouco depois do reabrir da manhã, próximo do Cacuaco. Num táxi “candongueiro” um segurança pessoal vai como passageiro. Entram novos passageiros, três jovens, que através de uma borracha do feitiço detectam que a passageira ao lado do segurança tem um saco com dinheiro. Ela, desconfiada, ou avisada pelas artes da feitiçaria, passa o saco ao segurança dizendo-lhe que contém sete mil dólares e outra quantia em kwanzas. O segurança esconde-o atrás das suas costas. Mas os jovens apercebem-se do movimento efectuado, e um deles tenta sacar bruscamente a pasta, mas o segurança, um kuanhama possante, repele-o. Entra em cena outro jovem, um reforço para acabar o trabalho, mas o segurança saca da sua pistola e dá-lhe um tiro numa perna. Instala-se o sururu a bordo. A polícia chega e faz justiça, isto é, carrega o segurança e deixa os jovens paz, perante os protestos dos povos pela injustiça praticada. Um dos polícias arrasta o segurança e tenta agredi-lo, mas ele safa-se e dá-lhe uma chapada. Então, segue tudo para a esquadra. Lá instalados, a polícia tem o saco do dinheiro muito bem guardado, tentam surrar o segurança, mas ele consegue ligar do seu telemóvel para o seu patrão, um novo-rico da nomenclatura, este não demorou a chegar. Já na esquadra fala com o chefe, e o segurança é imediatamente libertado, a pasta do dinheiro não, não se sabe o que é que lhe aconteceu.
Concessionário chinês
18 de Maio, Rádio Ecclesia: a cidadã angolana comprou num concessionário chinês um carro também chinês. Ao conduzi-lo verificou que tinha vários problemas técnicos. Reclamou, e um engenheiro chinês disse que a caixa de velocidades necessitava de substituição. E que quando virava a direcção para direita, não dava, o carro só seguia para a esquerda. E capotou.
Apenas um leve comentário: a propaganda comunista sempre foi e assim será.
Perseguição impiedosa às kinguilas
Luanda, rua da Liga Nacional Africana, 17 de Maio pelas 09.00 horas.
Houve-se uma curta rajada de tiros, rapidamente os seus autores, o BP não conseguiu saber quantos, acercam-se de três kinguilas, analisam-lhes os sutiãs e biquínis. A uma delas limparam-lhe oito mil dólares, outra três mil dólares, e a mais outra que pretendia refugiar-se num minimercado, os sem petróleo foram-lhe no encalço e roubaram-lhe o saco.
Seitas religiosas
Segundo a LAC – Luanda Antena Comercial, 05Mar, cerca das 08.00 horas, no bairro Golfe 2, só numa rua existem duas seitas. Começam as algazarras das suas maratonas diariamente às zero horas com brutas aparelhagens, dessas das festas, até ao amanhecer. Numa das seitas o pastor fugiu à reportagem da LAC. Na outra, o apostolo Paulo, explicou ao repórter da LAC que a barulheira infernal deve-se à cura do feitiço nas crianças. Garantiu que agora não fará mais barulho, mas continuará com a erradicação do feitiço nos anjos inocentes. Afinal as crianças angolanas são todas feiticeiras? Só nos faltava mais esta. Não é mais que tempo de acabar com as seitas religiosas antes que elas acabem connosco? Ou já nos dizimam, e agora só com um pogrom é que elas silenciarão? Pois é, não dá, porque também se servem e servem a corrupção radical.
Os políticos são como os bancos, estão em falência. E quem acredita num político, é como acreditar num banco.
No El-Diablo Angola, o trabalho dignifica os estrangeiros e a nobreza petrolífera.
Luanda, algures numa empresa angolana de informática devidamente partidarizada. O português ganha mensalmente e pontualmente os dez mil dólares da praxis. Os mwangolés vão a caminho, ou já lá chegaram, de há dois meses que não lhes pagam, porque não têm direitos, os míseros vencimentos. E ninguém esclarece o que se passa. Mas que leninismo tão ortodoxo. Alguns novos-democratas já os imitam.
"A oposição não tem condições para ganhar eleições" – Diz Rui Falcão.
Duvido muito que um partido leninista que se preze saiba o que é oposição. Pois, se ele governa como partido único, como pode falar de oposição e democracia? Faz-me lembrar o Fidel Castro a dar lições de democracia.
Luanda continuará com restrições de energia eléctrica até ao final do ano de 2016, disse, João Batista Borges, ministro da Energia e Águas. O consumo é insuficiente porque no tempo do calor agrava-se porque se ligam os ares-condicionados. Depois de 2016 haverá estabilidade plena. In Rádio Ecclesia. Há quarenta anos que escutamos esta horrível sinfonia, e de quatro em quatro repete-se o estribilho.
Um partido da vanguarda da classe operária leninista que se preze, tem o direito histórico de comandar as massas, é por isso que só existe um partido, não pode existir outro. No tempo do Darwin (1809-1882), ninguém aceitava que o Homem descendia do macaco. E as coisas são mesmo assim, quando um partido (?) involui, outro evolui e toma o comando da evolução.
O que o nosso Politburo manda executar na TPA e na ZIMBO, ao passar imagens da manifestação nacional da UNITA, como se fossem apenas meia dúzia de pessoas, quando na realidade foram milhões, cultivando as saborosas vitórias leninistas, fomenta o tribalismo, o racismo e a divisão de Angola entre a tribo do petróleo, e os zerados. É sem dúvida nenhuma o bisturi da ruandização de Angola. O Politburo, sem se dar conta, transformou-se num partido tribalista e racista. É que no Facebook, a Comandante Chica Lukumga, escreveu, que na TPA, no comício do Politburo na Cidadela, só se viam mulatos e mestiços, (Sic). Os intelectuais de pacotilha do Politburo fazem a involução, antes fizeram a revolução, agora arrasam-nos para o emergir sem futuro, excepto a lixeira em que se transformou ao admitir nas suas fileiras actuais, membros que ficam aquém do que é escrever. Significa que a menos-valia do défice intelectual é uma mais-valia. Isto também se aplica muito bem a alguns débeis novos-democratas.
Bom, a seguir vou acabar o trabalho que ainda não consegui devido aos constantes apagões. Mas, oh! A luz vai faltar, quer dizer, nem dá para programar nada.
Bom, vou aproveitar e vou carregar água com o meu filho, enquanto a mamã carrega os bidões. E passadas algumas horas a mamã chega e: «não há água!» É assim que os partidarizados da miséria desejam o nosso viver? Uma mais-valia?
O partido no Poder, quarentão, e o mais que lhe vier, então, acumulou erros e mais erros. A única coisa que funciona é as torneiras do petróleo dia e noite, um petróleo corrupto que nos inunda de corrupção, e que se alarga com os tais acordos gerais de cooperação. Se este Poder já degenerado e ainda convicto de que é a maior força política no país, como é que se arroga o direito emanado pelos seus habituais e inseguros bajuladores, um bajulador é um desorientado, não pensa com a cabeça pensa com barras de ferro, pensa com a boca, como um recém-nascido, de dar, impor conselhos e advertências aos partidos da oposição? É ou não isto, ainda a senda perdida do comboio a vapor leninista?
Se Angola mantém cooperação, amizade e laços estreitos com os principais países mais desenvolvidos do mundo, porquê Angola não tem energia eléctrica, água, só miséria, corrupção, etc. O que é que está errado? É só rapinagem?
O detentor da verdade não é o que está no Poder, mas sim aquele que exerce o seu dever, o seu direito de oposição. Porque quanto mais tempo no poder, mais o exército da mentira alimenta a corrupção, até que já não é possível mais mentir, porque já ninguém acredita, e muito menos confia em mentirosos.
Um peso e duas medidas que nos afundam
A renovada hipocrisia sustenta as milenares relações entre as nações poderosas e os humilhados que ao longo da História lutam para se libertarem da escravidão imposta como lei. Finalmente pouca resta para esmagarem as grilhetas dos últimos ditadores que descendentes de Deus, ainda impõem a espada do poder de vida e de morte sobre os seus condenados povos.
Os ditadores africanos e o imperialismo chinês
Vale tudo para que um ditador permaneça eternamente no poder, incluindo a venda do seu país e das suas populações a qualquer negociante inescrupuloso. Os chineses aproveitam invocando a não intromissão nos assuntos internos dos países. A hipocrisia chinesa é de facto proverbial.
Deputados de tempos passados
Deputados da mediocracia alimentados pela vilania do Estado. Onde há mediocracia coexiste sempre o ridículo poder do viver em palácios rodeados por miseráveis, que de mãos estendidas à injustiça social aflorada nos discursos dos políticos corruptos, que cegos não vêem os olhares perdidos das promessas de uma vida melhor, sempre pior.


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