«É importante lembrar aqui que não se trata
propriamente de pobreza, de escassez de recursos. O mundo produz atualmente 30
trilhões de dólares de bens e serviços por ano, o que significa, para 6 bilhões
de habitantes, uma renda per capita da ordem de 5 mil dólares. Para uma família
de quatro membros, isto significa 20 mil dólares por ano, 1.700 dólares por
mês. Em outros termos, o que o planeta produz é amplamente suficiente para assegurar
a todos uma vida digna e confortável. O nosso problema não é de crescimento
econômico, é de distribuição, e da organização social correspondente. O lema de
um recente congresso de economistas ilustrava bem esta questão: “Crescer por
crescer, é o princípio de uma célula cancerosa”.»
In parcerias e alianças: o bom senso na gestão social
Ladislau Dowbor. http://www.dowbor.org/
- Está bem, podes comprar, também é só para ir
a uma festa.
- Uma festa?! Vais com
quem?!
- Sozinho.
- Hum! Não
acredito. Com tantas mulheres que te perseguem.
- É a verdade.
- Lá
vou!
La Padep entrou
com facilidade
no Palácio Castelo-forte. Seguiu os vasos de flores
que a princesa lhe
indicara na mensagem escrita. O último estava junto a uma porta.
Bateu cinco vezes
conforme indicado. Antes
desta se abrir nota
que alguém
conhecido surge com
passo apressado.
É Epok que pára desconfiado como um SS. La Padep simula que
está a arrumar a espada
e avança em
frente. Epok levanta
os ombros à não te rales e segue o seu caminho. La Padep olha
em todas as direcções. Ninguém à vista.
Novamente bate cinco
vezes à porta.
A beleza virgem da jovem princesa abre o coração
da porta. La Padep entra com a velocidade de quem acaba de efectuar um
acto pecaminoso. Apertam-se com força.
Desejam que os corpos
se derretam nos fluidos do amor. Ele
aproveita e simula arrancar-lhe os mamilos.
Ela lamenta-se:
- Não fundas as
lâmpadas dos meus
faróis.
Põe-lhe a mão
no ventre húmido e escaldante, ela
suplica-lhe:
- Ai! Não
estragues as pétalas da minha rosa.
Quando se ama
verdadeiramente, o desejo sexual é incontrolável. Ele atira-a para a cama. Prepara-se para profanar a real virgindade. Ela
não vai na conversa:
- Tira a banana do prato.
- Do prato? Da bandeja!
- Não fica bem uma jovem
princesa grávida.
- Dizem que assim ficam muito
bonitas.
- Não! Não! Dá cá o pepino.
Delicadamente com as mãos retira o vegetal das suas
profundidades. Masturba-o carinhosamente. Ele
geme.
- Ai! Kituta, Kitutinha!
- Que
engraçado! És tu, a única
pessoa que se
lembra do meu nome.
Aumentou o ritmo
do êmbolo humano.
O motor acelerado ao máximo
gemia descontrolado.
Na vigilância habitual, Pinturas
ouve um som
distante. Encosta
o ouvido à porta.
Sabe que as jovens
gritam por qualquer
coisa. Considera normal,
mesmo assim
previne Epok.
- Não sei o que se passa com a vizinha
do lado.
- Qual vizinha?
- Essa aí…
- A princesa?
- Sim, essa mesma.
- Pinturas de macaca, fala de
uma vez.
- Ela está a
gemer, será que está com paludismo?
- Ou está a ver um filme pornográfico, ou
a masturbar-se.
Ouve-se um gemido muito intenso. Daqueles cheios
de prazer. O pepino
de La Padep
explodiu. Epok e Pinturas batem à porta da princesa. Apenas
o silêncio responde. Epok com brutalidade atira-se contra a porta
e esta salta.
- Princesa… está bem?
- Sim nobre Epok.
- Ouvimos um gemido.
- Estava a dormir. Acordei com um pesadelo.
Por mais que tentemos disfarçar,
existe sempre um
pormenor que
nos escapa.
As mulheres são
nisso muito hábeis. Pinturas
viu que a parte
superior do micro-biquíni da princesa
estava molhada, manchada. Como mulher já tinha passado por
esses melindres. Voltou-se de frente para Epok, piscou-lhe um
olho, depois piscou os dois
para debaixo
da cama. Epok tira
a espada e mergulha-a na direcção
indicada. La Padep
faz o seu corpo
rolar. Salta
e põe-se de pé. Pega
na sua espada.
Apara o golpe
fatal que
Epok lhe assesta. A sua
espada desfaz-se em
pedaços. Sente-se
arrependido por a ter
comprado no mercado Roque Santeiro, quando no reino
existem, ou existiam bons aços da F. Ramada. Está tudo como o poder… tudo
falsificado. A guarda pretoriana chega. Epok ordena-lhes:
- Levem-no para a masmorra dos republicanos. Ela, (aponta na direcção da
princesa), fica com dois
guardas permanentes
à porta.
Epok revoluteava com a cabeça para
descobrir como
é que os géneros desapareciam. Tantos controlos e nenhum
funcionava. Esta gente
para roubar tem uma inteligência fora de série. Também é
verdade que mestres não lhes faltam. Os maus
hábitos aprendem-se com
os de cima, com os nossos superiores, com os nossos governantes. – Sentenciou
o nobre Epok.
Capítulo XIII
O Martírio
de La Padep
- Pinturas!
- Fala lá pá!
- Traz-me esse opositor republicano comedor e violador dos bens reais.
Ela está com uma saia tão minúscula como Epok nunca
viu no reino. Para
chatear não
tem nada a cobrir-lhe as partes íntimas, o que
se nota facilmente. Pergunta-lhe:
- É a última moda saída da parabólica do Brasil?
- É, pior que isto não há.
- A moda do pronto a foder.
- Vocês
perderam a tesão, são todos panilas.
- Porra! Não quero apanhar Sida!
- Agora já entendes. É por
isso que
andamos quase nuas seu
parvo! Estão sempre com
medo, é por isso que já não sabem
foder!
- Traz-me então o comedor dos bens
reais!
- Comedor dos bens
reais?!
- Ó macaca, o que anda
a comer a princesa!
- Quem me dera ser comida por ele.
- Sua suja, és muito porca!
- Por acaso até não!
A minha rata
é desinfectada a todo o momento com os perfumes mais caros do mundo.
- Quando o rei chegar vou pô-las
vestidas dos pés à cabeça.
- Vais arranjar problemas. Felizmente
o rei tem um
dom. É o único
que sabe apreciar
mulheres.
O cavaleiro La Padep sente o julgamento
do juízo final quando
Epok lhe diz à toa:
- Caramba, vocês são piores que a Revolução Francesa.
- Não entendo,
aqui nunca houve revolução…
- Pois fica sabendo que além dos nossos bens, também querem o que
de mais íntimo temos.
- Não estou a perceber.
- Não te faças de parvo… violaste a suprema
intimidade da princesa.
- Também hei-de
violar a tua.
- O quê? Qual?
- O teu real rabo.
- Filho da puta…
guardas!!! Levem-no!
Conduziram La
Padep para a poterna por
cima do fosso
das piranhas. Suspenderam-no por uma corda amarrada aos tornozelos de cabeça
para baixo, a
cerca de um
metro do nível
da água. As piranhas
sempre esfomeadas saltavam tentando trincar um pedaço da sua carne. Algumas conseguiram apanhar-lhe um pouco de cabelo, graças
aos esforços que
fazia para ludibriar as suas poderosas mandíbulas.
As forças enfraqueciam. A noite chegou. Com
Epok na dianteira, os convidados cansados de assistir
ao fim de menos
um republicano, recolheram-se para os seus aposentos reais.
A vida de La Padep não
chegaria a ver o sol
da manhã do dia
seguinte.
Aí por volta das quatro
horas da madrugada,
vários vultos
rasgam a escuridão da noite.
Movem-se como panteras
negras, imperceptíveis aos olhares e ouvidos
humanos. São
os jovens do condado
do Sambizanga onde há sempre zanga, que não resistiram aos apelos
das mensagens que
lhes tinham sido entregues.
Vieram em socorro
do seu líder.
O local da vala
antes aberta
ainda era
visível. Trabalharam a cem à hora. A água acabou em
minutos. Colocaram tábuas de madeira
que traziam, no fosso
seco. Assim
como uma escada
que também
transportaram. Poisaram-na em cima das tábuas,
subiram-na e com uma faca
cortaram a corda que
prendia La Padep. O
nosso herói
estava salvo. Um
pouco de sangue
escorria-lhe da cabeça, devido a uma piranha
muito atrevida.
Teve forças para
agradecer.
Protestos em Moscovo
ResponderEliminarCompareceram milhares nas ruas de Moscovo
para protestarem contra as vigarices do Putin.
Ainda assim,
o Zé Que Manda
em Luanda
e os seus digerentes e generais
pediram-lhe ajuda
para manipular os resultados eleitorais
com o fim
de obterem uma vitória como a do Putin.
António Kaquarta
http://miradourodoplanalto.com