sexta-feira, 15 de junho de 2012

Dúvida: o que é mais pesado, um quilo de algodão ou um quilo de chumbo?



Se o conhecimento traz problemas, não é a ignorância que os resolve. Isaac Asimov (1920-1992)
Se a energia eléctrica já berrou definitivamente, como é que as aberrações prometem apoio às pequenas e médias empresas? E ninguém reage?
Eis o nosso PIB/A, Produto Interno Bruto dos Apagões, onde há homens de projectos falhados e que só nos arranjam problemas.
E eles tão felizes/ nos castelos e palácios deles/ com luz e água só deles/ não vamos correr com eles?. Até as sobras nos confiscaram/ nada nos resta neste inferno/ a não ser as noites escuras/ nos casebres deste glacial inverno/ E eles tão engravatados, tão ridículos/ tão imorais, tão corruptos/ têm um império espoliado/ e nele treinam os dissolutos/o séquito de príncipes e princesas/ espojam-se na democrática palhaçada/ e será sempre assim/ no momento da debandada. A justiça será feita/ ao atiçador do ódio, pardieiro/ do coreano do norte/ não haverá ilusão, João Ribeirão. Têm muitos bancos e casinos/ para a lavagem do dinheiro/ e neles está sempre presente/ eles, sempre eles, primeiro. Esfomeados, o nosso orgulho/ nesta Angola que libertámos/ transformámos em esterco humano/ navio negreiro que afundámos. Compaixão nesta podridão?/ quantos mais morrerem melhor/ é a nova vida/ estão à espera do pior?. Votem no partido sem coração/ no minoritário da morte certa/ na miséria que nos fornece/ sem futuro e Síria incerta.
Estamos em prisão domiciliar/ com os cães sempre a farejar.
Já comprei um gerador/ bem poluído estou/ estou na nova vida/ que o minoritário me usurpou. Sem água e sem luz/ e o PIB sempre a subir/ a nossa vida vai piorar/ o que há mais para destruir? Dos biliões do petróleo se alimentam/ corruptos, novos-ricos arrogantes/ grupo de vendedores de Angola/ às matilhas de estrangeiros meliantes. Um reino de vigaristas cresceu/ milhões de famintos assaltam-nos/ ninguém lhes está imune/ armados, disparam, matam-nos. Sempre obcecados pelo Poder/ que fraudulento abateram/ a democracia não é poder/ porque Angola já a venderam.
Mas eles estão sempre a passar, a interromper, a engarrafar o trânsito, muito apressados com escolta e sirenes que se ouvem por toda a cidade. Sempre muito atarefados. Será que vão resolver os problemas da água e da luz ou os das suas empresas, uma vez que são todos empresários?
O partido minoritário, está como, não, consegue ser pior que um enxame de moscas. É que nos incomoda dia e noite, e por mais que se enxotem, as moscas do minoritário são chatas, sempre a perseguirem as pessoas. DEIXEM-NOS EM PAZ!!!
Os corruptos são como os coelhos, multiplicam-se vertiginosamente.
Votar é um dever revolucionário.
Eu não sei responder, só sei é perguntar.
E por isso mesmo, esta ditadura acabará como as outras? Esta ditadura é diferente das outras?
O álcool complica os problemas, e o leite ameniza-os.
Um Poder que se apoia em geradores eléctricos é um efémero Poder.
Quem lutar contra milhões de esfomeados facilmente ganhará a batalha, pois os esfomeados, tuberculosos pelo Poder não têm forças para lutarem. Por isso, contra milhões de esfomeados ninguém combate, eles já estão vencidos.
Confesso que costumo ficar muito apreensivo quando amiudadas vezes oiço os vários intervenientes da nossa política, presidentes de partidos políticos da oposição e outras vozes, que se acomodam como mãos atadas e até resignadas no célebre capítulo da “maldição do petróleo”, referirem-se ao apoio do silêncio dos vários países da comunidade internacional sobre a trágica situação de Angola. Raptos, torturas, desaparecimentos, tudo isto por motivos políticos, numa escalada que pretende fazer de Angola outra Síria. Países como China, Rússia, Brasil, Portugal, que se podem eleger como países da linha da frente no apoio incondicional ao “extermínio” do povo angolano. Então que fazer? Penso que a resposta é muito simples: basta tocar nos interesses desses países e de imediato eles mudam de posição. Não foi assim que se fez na gloriosa luta de libertação nacional?
Mas também é muito bem verdade que viver com o mwangolé está difícil, muito difícil, bwerererere difícil. Então agora inventaram uma moda que não sei como acabará. Com o desabamento dos prédios, claro está mais que evidente. Pois, todos os dias partem paredes, erguem outras, voltam a parti-las e erguê-las. Substituem os mosaicos do chão, as portas da entrada principal da casa, etc, etc. Por exemplo, tenho um vizinho que já mudou os mosaicos do chão e os azulejos das paredes não sei quantas vezes. Outro, em um ano, duas vezes. Outro, andou uma semana a fazer furos no apartamento dele, aquilo deve estar bem furado, mas ninguém sabe para quê, nem eu. Viram-no com um rolo de cabo eléctrico, e os furos são para as abraçadeiras para sustentar o cabo? Mais um incêndio eléctrico à vista? Bom, só nos faltava mais esta. E os estrangeiros têm ou não têm algumas razões para fugirem dos mwangolés? Assim não, estamos numa selva daquelas. Nem os valores sociais mínimos se aproveitam. Definitivamente, apenas temos algumas parecenças com pessoas? Eis o descalabro, o nosso melhor amigo?
A desgraça de uma nação vê-se na venda de geradores. A nossa melhoria de vida acentua-se mercê dos intensos esforços que o nosso partido que nos orienta faz quase quarenta anos, o nosso pai e a nossa mãe, continuam a oferecer-nos a catadupa habitual dos apagões. Assim, iniciamos mais um mês, Junho, da miséria que segue, se avoluma.
Viva o poder popular!
Hoje, 08 de Junho, venderam-se muitos geradores. Isto está a ficar muito complicado, neste Poder arruinado. A campanha eleitoral do minoritário atingiu o auge. Nota-se claramente nos escuros apagões. É uma campanha muito original, mas que poder de destruição.
Agora, também fazem lavagem do dinheiro do petróleo a partirem as paredes, etc., nos apartamentos dos prédios que ainda restam de pé. Que com tanto partir estão a desabar. Põem tudo bonito por dentro e por baixo, no vizinho, os tectos e as paredes exteriores estão a cair. Para fazerem obras carecem de autorização, mas qual quê, isto é deles, é para reduzir a pó. Nunca vi tamanha idiotice. E não vale a pena lhes chamar a atenção que o prédio está a desabar, não querem saber, vão chamar as milícias. Nunca pensei assistir a tamanho analfabetismo. Esquecia-me: faltam os geradores nas varandas que rapidamente farão o desabamento precoce dos prédios.
O que existe é a preocupação com os depósitos dos dinheiros do petróleo. Povo não existe, está depositado nos cemitérios.
Qual é a utilidade de um Governo que não consegue abastecer-nos de água e luz?
Com o minoritário, a luz de vela é certa.
Estou muito convicto de que o minoritário deseja ver-nos nas ruas a vendermos bugigangas. Sem energia eléctrica, a miséria é certa.
Foi mais um dia excepcional para a venda de geradores. Um bom negócio. E é mais uma vitória do povo angolano. Graças ao minoritário e aos seus geradores, Luanda está contaminada, intoxicada, moribunda devido à fábrica de fumo tóxico que finalmente desabou sobre a cidade. No cumprimento de ordens superiores gazear a população é o fundamento partidário. Uma mais-valia.
Tentar fazer da mediocridade uma obra-prima é o apanágio dos medíocres que se abastecem nos cofres dos regimes corruptos.
Estamos na imposição da mais sombria miséria, reduzidos à condição humana mais degradante: a escravatura. De facto, a manter-se o clima de total desprezo pelas nossas vidas, nada de bom se espera. Tudo tem limites, e quando se vive no desespero permanente, basta uma faísca e vem a explosão subsequente. Viver a respirar o fumo mortal da venda anárquica dos geradores, é morrer. Não somos população, mas milhões de mártires esmagados pelo chumbo de uma ditadura que abandona a população como clandestinos num navio atirados borda fora. Abandonar a população à sua sorte é governar? E a fórmula de bem governar está encontrada: tudo para alguns e nada para nenhuns.
Precisam-se de incompetentes para dirigir um país. Ele já tem incompetentes comprovados, é apenas para reforço. Espoliam-nos a luz e a água e ainda nos ameaçam.





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