Se o conhecimento
traz problemas, não é a ignorância que os resolve. Isaac Asimov (1920-1992)
Se a energia eléctrica já berrou definitivamente, como é que as aberrações prometem apoio às pequenas e médias empresas? E ninguém reage?
Se a energia eléctrica já berrou definitivamente, como é que as aberrações prometem apoio às pequenas e médias empresas? E ninguém reage?
Eis o nosso PIB/A,
Produto Interno Bruto dos Apagões, onde há homens de projectos falhados e que
só nos arranjam problemas.
E eles tão felizes/
nos castelos e palácios deles/ com luz e água só deles/ não vamos correr com
eles?. Até as sobras nos confiscaram/ nada nos resta neste inferno/ a não ser
as noites escuras/ nos casebres deste glacial inverno/ E eles tão engravatados,
tão ridículos/ tão imorais, tão corruptos/ têm um império espoliado/ e nele
treinam os dissolutos/o séquito de príncipes e princesas/ espojam-se na
democrática palhaçada/ e será sempre assim/ no momento da debandada. A justiça
será feita/ ao atiçador do ódio, pardieiro/ do coreano do norte/ não haverá ilusão,
João Ribeirão. Têm muitos bancos e casinos/ para a lavagem do dinheiro/ e neles
está sempre presente/ eles, sempre eles, primeiro. Esfomeados, o nosso orgulho/
nesta Angola que libertámos/ transformámos em esterco humano/ navio negreiro
que afundámos. Compaixão nesta podridão?/ quantos mais morrerem melhor/ é a
nova vida/ estão à espera do pior?. Votem no partido sem coração/ no
minoritário da morte certa/ na miséria que nos fornece/ sem futuro e Síria
incerta.
Estamos em prisão
domiciliar/ com os cães sempre a farejar.
Já comprei um
gerador/ bem poluído estou/ estou na nova vida/ que o minoritário me usurpou. Sem
água e sem luz/ e o PIB sempre a subir/ a nossa vida vai piorar/ o que há mais
para destruir? Dos biliões do petróleo se alimentam/ corruptos, novos-ricos
arrogantes/ grupo de vendedores de Angola/ às matilhas de estrangeiros
meliantes. Um reino de vigaristas cresceu/ milhões de famintos assaltam-nos/
ninguém lhes está imune/ armados, disparam, matam-nos. Sempre obcecados pelo
Poder/ que fraudulento abateram/ a democracia não é poder/ porque Angola já a
venderam.
Mas eles estão
sempre a passar, a interromper, a engarrafar o trânsito, muito apressados com
escolta e sirenes que se ouvem por toda a cidade. Sempre muito atarefados. Será
que vão resolver os problemas da água e da luz ou os das suas empresas, uma vez
que são todos empresários?
O partido
minoritário, está como, não, consegue ser pior que um enxame de moscas. É que
nos incomoda dia e noite, e por mais que se enxotem, as moscas do minoritário são
chatas, sempre a perseguirem as pessoas. DEIXEM-NOS EM PAZ!!!
Os corruptos são
como os coelhos, multiplicam-se vertiginosamente.
Votar é um dever
revolucionário.
Eu não sei
responder, só sei é perguntar.
E por isso mesmo,
esta ditadura acabará como as outras? Esta ditadura é diferente das outras?
O álcool complica
os problemas, e o leite ameniza-os.
Um Poder que se
apoia em geradores eléctricos é um efémero Poder.
Quem lutar contra
milhões de esfomeados facilmente ganhará a batalha, pois os esfomeados,
tuberculosos pelo Poder não têm forças para lutarem. Por isso, contra milhões
de esfomeados ninguém combate, eles já estão vencidos.
Confesso que
costumo ficar muito apreensivo quando amiudadas vezes oiço os vários
intervenientes da nossa política, presidentes de partidos políticos da oposição
e outras vozes, que se acomodam como mãos atadas e até resignadas no célebre
capítulo da “maldição do petróleo”, referirem-se ao apoio do silêncio dos
vários países da comunidade internacional sobre a trágica situação de Angola.
Raptos, torturas, desaparecimentos, tudo isto por motivos políticos, numa
escalada que pretende fazer de Angola outra Síria. Países como China, Rússia,
Brasil, Portugal, que se podem eleger como países da linha da frente no apoio
incondicional ao “extermínio” do povo angolano. Então que fazer? Penso que a
resposta é muito simples: basta tocar nos interesses desses países e de
imediato eles mudam de posição. Não foi assim que se fez na gloriosa luta de
libertação nacional?
Mas também é muito
bem verdade que viver com o mwangolé está difícil, muito difícil, bwerererere
difícil. Então agora inventaram uma moda que não sei como acabará. Com o
desabamento dos prédios, claro está mais que evidente. Pois, todos os dias
partem paredes, erguem outras, voltam a parti-las e erguê-las. Substituem os
mosaicos do chão, as portas da entrada principal da casa, etc, etc. Por
exemplo, tenho um vizinho que já mudou os mosaicos do chão e os azulejos das
paredes não sei quantas vezes. Outro, em um ano, duas vezes. Outro, andou uma
semana a fazer furos no apartamento dele, aquilo deve estar bem furado, mas
ninguém sabe para quê, nem eu. Viram-no com um rolo de cabo eléctrico, e os
furos são para as abraçadeiras para sustentar o cabo? Mais um incêndio
eléctrico à vista? Bom, só nos faltava mais esta. E os estrangeiros têm ou não
têm algumas razões para fugirem dos mwangolés? Assim não, estamos numa selva
daquelas. Nem os valores sociais mínimos se aproveitam. Definitivamente, apenas
temos algumas parecenças com pessoas? Eis o descalabro, o nosso melhor amigo?
A desgraça de uma
nação vê-se na venda de geradores. A nossa melhoria de vida acentua-se mercê
dos intensos esforços que o nosso partido que nos orienta faz quase quarenta
anos, o nosso pai e a nossa mãe, continuam a oferecer-nos a catadupa habitual
dos apagões. Assim, iniciamos mais um mês, Junho, da miséria que segue, se
avoluma.
Viva o poder
popular!
Hoje, 08 de Junho,
venderam-se muitos geradores. Isto está a ficar muito complicado, neste Poder
arruinado. A campanha eleitoral do minoritário atingiu o auge. Nota-se
claramente nos escuros apagões. É uma campanha muito original, mas que poder de
destruição.
Agora, também fazem
lavagem do dinheiro do petróleo a partirem as paredes, etc., nos apartamentos
dos prédios que ainda restam de pé. Que com tanto partir estão a desabar. Põem
tudo bonito por dentro e por baixo, no vizinho, os tectos e as paredes
exteriores estão a cair. Para fazerem obras carecem de autorização, mas qual
quê, isto é deles, é para reduzir a pó. Nunca vi tamanha idiotice. E não vale a
pena lhes chamar a atenção que o prédio está a desabar, não querem saber, vão
chamar as milícias. Nunca pensei assistir a tamanho analfabetismo. Esquecia-me:
faltam os geradores nas varandas que rapidamente farão o desabamento precoce
dos prédios.
O que existe é a
preocupação com os depósitos dos dinheiros do petróleo. Povo não existe, está
depositado nos cemitérios.
Qual é a utilidade
de um Governo que não consegue abastecer-nos de água e luz?
Com o minoritário,
a luz de vela é certa.
Estou muito
convicto de que o minoritário deseja ver-nos nas ruas a vendermos bugigangas.
Sem energia eléctrica, a miséria é certa.
Foi mais um dia
excepcional para a venda de geradores. Um bom negócio. E é mais uma vitória do
povo angolano. Graças ao minoritário e aos seus geradores, Luanda está
contaminada, intoxicada, moribunda devido à fábrica de fumo tóxico que
finalmente desabou sobre a cidade. No cumprimento de ordens superiores gazear a
população é o fundamento partidário. Uma mais-valia.
Tentar fazer da
mediocridade uma obra-prima é o apanágio dos medíocres que se abastecem nos
cofres dos regimes corruptos.
Estamos na
imposição da mais sombria miséria, reduzidos à condição humana mais degradante:
a escravatura. De facto, a manter-se o clima de total desprezo pelas nossas
vidas, nada de bom se espera. Tudo tem limites, e quando se vive no desespero
permanente, basta uma faísca e vem a explosão subsequente. Viver a respirar o
fumo mortal da venda anárquica dos geradores, é morrer. Não somos população,
mas milhões de mártires esmagados pelo chumbo de uma ditadura que abandona a
população como clandestinos num navio atirados borda fora. Abandonar a
população à sua sorte é governar? E a fórmula de bem governar está encontrada:
tudo para alguns e nada para nenhuns.
Precisam-se de
incompetentes para dirigir um país. Ele já tem incompetentes comprovados, é
apenas para reforço. Espoliam-nos a luz e a água e ainda nos ameaçam.
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