Que
transformes a amargura dos dias
Em
doces gloriosos momentos
E
que eles inspirem a nobreza
Das
virtudes da tua beleza
Na
mansidão da margem as ondas batiam
Com
ternas vénias palmeiras te acolhiam
Doces
momentos ternas recordações
Da
fuga, longe das ruidosas multidões
Ao
fundo a espuma branca te acaricia
Sente-se
a força do amor, a sua ousadia
A
água soltava-se e a areia invadia
A
tua voz de deusa ao longe se ouvia
O
sol amarelo anunciava o entardecer
De
um dia que acabava e outro ia nascer
A
água azul-clara convidava a areia
A
vegetação, a vida, tudo que a rodeia
Uma
pequena montanha se erguia
Em
gestos mudos o amor lhe sorria
Já
se aproximava o fim do dia
E
a vida humana se recolhia
Uma
ilha minúscula ao longe acenava
E
a ondulação do amor carregava
Prisioneira
não escapava
Do
tirano que a escravizava
O
sol forte surgiu e o amor abrasou
Como
um halo divino nos louvou
E
o nosso amor na sombra se refugiou
E
nunca mais nos abandonou
Coladas
nas rochas as palmeiras sorriam
Ao
redor despontavam muito verdejantes
Plantações
de corais que renasciam
Que
cantavam que o amor não é errante
Debaixo
de um poder que adultera o amor
As
crianças são feiticeiras nesta terra
Em
nome do Nosso Senhor
Reina
o senhor desta eterna guerra
Do
amor ao próximo eis a hipocrisia
O
poder do petróleo a proclama
Mais
um comité da corrupção doentia
Que
apaga o amor com a sua chama
Como
vivermos no amor acorrentados
Sempre
por este poder violentados
Pelas
balas disparadas beijados
Se
nos amarmos seremos chacinados
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