O grupo acabou a refeição e logo de seguida pegaram nos haveres. Roque a rir diz:
-
O fim do dia
vai chegar. Parece-me que
vamos ter outra
tempestade. Fiquem atentos
ao céu, e cuidem-se. Não se esqueçam que
somos vizinhos. Alguma coisa,
batam à porta.
A tempestade parece que
tem hora marcada, acho que vai ser pior que ontem. – Disse George.
-
Não sei se as janelas vão aguentar. Oiço o barulho de coisas a voar. Não sei o
que será do barco. – Observei.
Mantinha-se
o mesmo cenário
anterior, ou
pior. Desta vez
a chuva era
mais intensa.
Há
três horas
que a tormenta
prosseguia. Depois de jantarmos gambas, veio o café e o
conhaque. Continuávamos com o candeeiro
a gás. Batem à porta
com uma chave.
Adivinhámos quem seria. George abre a porta, e entram duas jovens.
Uma já era
conhecida. Vinha
com uma mini-saia e um
top. A outra
deveria ser sua
amiga. Tinha
um vestido
comprido transparente que mostrava a nudez dos seios pequenos.
Uma calcinha de renda
transparente completava a indumentária.
George adivinhou o que queriam:
-
Querem um isqueiro, não é? Podem levar este que não necessito dele.
-
George, gostaríamos imenso de conversar com vocês. – Pediu a que
vinha com
mini-saia.
-
Estou muito cansado,
vou dormir, amanhã
falaremos.
Era
notório que
ele queria livrar-se delas. Depois acrescentou:
- Quanto mais as desprezamos, mais elas
nos perseguem.
Bebemos calmamente e lembrei a George:
-
Disseste-me que me contarias tudo o que te aconteceu.
-
Ah! Sim, vou continuar.
CAPÍTULO III
GILDA
George
fez uma pausa para
beber mais conhaque. Depois
deu continuidade a outra narração:
-
O Roque trabalhou durante
uns tempos numa firma
farmacêutica. Graças
a isso conhecia muita
gente nas farmácias.
Quando necessitei de um medicamento,
fui a uma delas que ele
me recomendou. Depois
passei lá a ir
várias vezes comprar
o que me
faltava para ajudar a minha saúde.
Ganhei amizade com
a proprietária que depois me concedia, e atendia com
muita atenção.
Quando ela
recebia produtos, tinha
a gentileza de me
telefonar. Claro
que ganhámos intimidade,
e tornámo-nos de certo modo confidentes.
Ela passou a conhecer
perfeitamente a minha
situação. Numa tarde
fui comprar pastilhas
para a tosse.
Ela acreditou que
devia tocar-me num assunto delicado:
-
George, tenho uma irmã maravilhosa para te apresentar. Muito honesta e competente.
Far-te-á feliz.
Foi
na farmácia que
conheci a Gilda. Acho que rondava os vinte e oito
anos. O seu
corpo estava bem
nutrido, não muito
volumoso, aquilo
que se pode dizer
não muito
gordo. Os seios
estavam bem proporcionados, e o rosto
era agradável.
Vestia roupas das mais
baratas. A irmã pediu-me para
a levar a casa.
Aceitei, e antes de chegarmos,
pareceu-me que ela
mostrava algum receio,
porque disse para
pararmos num largo próximo.
Tentou justificar-se:
-
Fui abandonada pelo meu
marido. Deixou-me com
três crianças.
Passamos muita fome.
Não temos nada,
exceptuando a casa que
o meu pai
me deixou.
-
Ele abandonou-te porquê?
-
Arranjou uma mulher rica.
Desculpa, tenho que
ir porque
deixei as crianças sozinhas. Amanhã encontramo-nos na farmácia,
pode ser?
Antes
de sair beijou-me nos lábios. Sentia que algo estava errado, mas arrisquei.
Depois
de sairmos da farmácia, a irmã da Gilda convidou-nos
para ir a sua casa. O pretexto era a apresentação à família.
Em casa,
depois dos cumprimentos
habituais, vejo vários
livros das Testemunhas
de Jeová espalhados um
pouco por
todo o lado.
Adivinhando a resposta, perguntei:
- São das Testemunhas...
A
irmã da Gilda não me
deixou terminar e respondeu:
- Sim. Pai, mãe e filhos. Ninguém falta a
nenhum culto.
Manda vir
algumas cervejas para
festejarmos a tua admissão na família.
Entreguei
a quantia necessária.
As cervejas chegaram. Gilda lembra:
- Mana, temos que
ir embora, já está a fazer-se tarde.
Antes de sairmos a irmã da Gilda tira-me a caneta
do bolso da camisa.
Diz que é muito
bonita. Fica com
ela, e acrescenta:
-
George, preciso de sapatos
novos, estes
já estão a ficar
gastos e fora
de moda.
No
outro dia
marcámos encontro na minha casa. Gilda fez duas sandes de queijo
que acompanhou com
cerveja. Depois
de comermos pergunta-me:
-
Onde é que dormes?
Mostrei-lhe
o meu quarto.
Sentou-se e deixou-se cair de costas
na cama. Sentia-se satisfeita:
-
O teu quarto é bonito, e a tua cama é muito fofinha.
Levantou-se
e abraçou-me. Deu-me um beijo profundo nos lábios. A sua língua
movia-se rápido procurando a minha. Uma das suas
mãos apalpou o meu
pénis, que cresceu rapidamente. Encostou
os lábios no meu
ouvido e segredou:
-
Ai filho! Há tanto tempo que não fodo. Estou cheia de tesão.
Estava
completamente descontrolada. Despiu-me, depois despiu-se. Os mamilos
dos seus seios
estavam muito inchados. Implorou:
- Oh! Querido! Morde-me nas pontas
das mamas. Mama
muito, seca-me o leite.
Como ela era
forte arrastou-me facilmente para a cama. Pegou no meu pénis e enfiou-o com
violência na vagina.
Segurou-me com força
e comandou as operações. Gritava:
-
Porra! Caralho! Não te mexas. Ai! Estou-me a vir.
Ela
gritava muito alto.
Tive receio que
os vizinhos ouvissem, por isso
tapei-lhe a boca com
a mão. Não
consegui aguentar. Esporrei-me copiosamente.
Ela reclamou:
-
Já te vieste tão depressa?
Senti-me
envergonhado, sem palavras,
mas gostei imenso
do gozo. Ela
confessou:
-
Porra! Há muito tempo que não dava assim uma foda. Sinto-me outra. George
amanhã apanha-me em frente ao aeroporto doméstico, às dezassete horas.
-
Trabalhas lá?
-
Sim, trabalho.
-
O que é que fazes?
-
Praticamente nada. Estou na secção do pessoal.
Há muita gente
a mais. Quem
me arranjou o emprego,
foi o meu ex/marido.
Muitas de nós estão lá
só a passar o
tempo. Não
há nada para fazer.
-
Nunca te deram nenhum curso de formação?
-
Não. Aprendi a escrever à máquina numa escola de dactilografia. Quem pagou o
curso foi ele. Mas nunca nos dão trabalho.
-
Como será o teu futuro?
-
Não sei. Amanhã estarei à tua espera.
O nervosismo apoderou-se de mim.
Estava há uma hora à espera.
Gilda caminha
calmamente acompanhada de duas amigas.
Pára de vez em
quando para conversar com quem lhe surge
no caminho. Abre a porta
do carro, entra, cumprimenta-me e:
-
Desculpa, podes dar uma boleia a estas duas colegas?
-
Sim, com certeza.
As suas
colegas moravam em
locais afastados. Conduzir nesta cidade é um verdadeiro martírio.
Locais sem
luz, buracos,
esgotos ao ar
livre. E sempre
alguém à espera
para cometer um assalto. As colegas saíram. Gilda acompanha-as a casa e demora a voltar. Enquanto isso
acontecia, meditava no porquê que estes povos não
conseguem edificar nada.
Perdem o seu precioso
tempo com
coisas fúteis.
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