Voltando ao pedido
de desculpas do reino do FMI. A
verdadeira diplomacia, a hodierna,
ensina-nos que: quando
pedimos desculpas, significa, aguardem que na próxima
vamos lixar-vos. Para quê
o contentamento do governo Jingola? Uma entidade internacional
de relevo quando
se desculpa, de seguida desenvolverá uma grande
campanha nos
corredores internacionais
para atrofiar quem de tal beneficiou. E Jingola que tem um exército de
diplomatas…
Está estendido ao comprido no chão.
Por cima
o anúncio de fundo
branco com
letras azuis. Governo
da Província de Luanda, Direcção Provincial da Juventude e Desportos. As pessoas
passam, raramente param, observando o jovem moribundo habituadas à morte
que a todo
o momento esperam. Como
se renascessem de um imenso cemitério de mortos-vivos, para
quem a morte nada significa. Observam e seguem caminho na direcção
de qualquer porta,
de qualquer lugar
ou habitação,
que na realidade
são cemitérios.
Milhares de restos
mortais do apocalipse
desta vida de Angola.
O jovem ainda
teve forças para
olhar para cima e ler o anúncio
de fundo branco
com letras
azuis.
Todos os aventureiros mundiais
estão aqui.
A burocracia no
aeroporto para
levantar pertences
pessoais, ou
de empresas: Ninguém está interessado em desenvolver modernas técnicas para
desalfandegar, ou facilitar
os serviços de atendimento ao público. Primeiro, pela
falta de conhecimentos
técnicos. Um
curso de informática
ainda custa
muito dinheiro.
O reino Jingola não está para perder
tempo com
estas coisas, o que todos querem é sopas e descanso.
Um computador ainda
dá cabo da cabeça
das pessoas, utiliza-se mais para jogos.
Quem está há muito
tempo numa máquina
de escrever não vai querer
um computador.
Isso trás
dores de cabeça.
Mantendo a burocracia com uma resma
de papéis, é o venha amanhã, venha depois, consegue-se cansar
o cliente de tal
modo, que
ele começa
a perceber que
tem de entregar algum
dinheiro pelo menos em três funcionários.
Melhor ainda
é enviar uma moça
insinuante e sensual,
dessas de mini-saia muito curta e fazer promessas que: logo vou ter contigo na tua casa.
Em mais um debate nacional, irracional, costumam utilizar
a palavra bonita
workshop para promover qualquer pessoa, que claro, vai
facturar muito alto.
Quem lucra
com isso são
sempre os mesmos.
Creio que desde
a independência já
aconteceram milhares de circunstâncias idênticas. Nunca
colhemos nada, porque nada teimosamente plantámos. Queremos colher
antes de semear.
E isso não
resulta. Serve apenas para meia
dúzia de iluminados.
Desta vez é sobre a habitação.
Engendram uma projecção que ainda não
aconteceu, nunca acontecerá. E depois, que devemos fazer assim, vamos fazer assim. Mas
como?! Se já está tudo
feito. Depois
de tudo destruído, querem reconstruir.
Uma torre, que
se vai chamar torre
do Carmo. Com cinco
pisos subterrâneos,
que deveria ser
construída no vice-reino do Huambo, ou
no Lubango. Pobres visionários,
que nunca
percorreram os caminhos do mundo.
Crédito à habitação
com entrada
elevada, pagamento
em prestações
em cinco ou dez
anos. Tudo com o acórdão da especulação imobiliária.
O fascista e
colonialista português, Salazar, construiu bairros
para os de baixa
renda. Com
entrada inicial
simbólica e pagamento em
prestações durante
vinte anos.
Ainda temos a aprender algo sobre os ditos bons ditadores. E que
tal estudarmos o que
faz o líder líbio Kadafi? Será que ele é o melhor líder
mundial? E Fidel Castro? Não acham, que apesar das vicissitudes por
que passamos, apesar
de tudo, eles
nos dão um
bom exemplo de como
evitar a fome?
Vivam os reinos Petrolíferos!
Infelizmente os ditadores,
quaisquer que sejam, não gostam de intelectuais.
Mas a questão
é não passar fome. É bom reconsiderar. Esta é a divisão do
mundo actual, que
nos leva
às trevas medievais.
Perdemos a capacidade de nos revoltarmos. A globalização
controla os nossos passos
e os nossos cérebros
quando nascemos. Somos máquinas globalizadas, controladas. Perdemos a capacidade de decisão.
Devido a isso
já não
conseguimos, como antes,
espelhar a nossa
revolta. Somos escravos
das máquinas, dos robots. Finalmente conseguiram com
que perdêssemos a nossa
capacidade de decisão.
Pobres escravos, é o que
somos. Temos que despertar
do sono eterno
a que nos
querem conduzir. Por
favor despertem!
Em Londres a polícia receia que hajam mais ataques bombistas. Vai ser muito difícil para a Europa livrar-se destes ataques.
Será que vão
ficar como o
Iraque? Já nada me surpreende.
Quem não
tem cão caça
com gato.
Quem não
tem gato caça
com rato.
Quem não
tem rato… não caça.
(Provérbio urbano de Luanda)
O Cliente
insiste em não
me pagar.
Está convencido que
estou a fazer bluff. Vou aguardar
mais dois ou três dias. Desta vez
vou mesmo em frente. Já
não suporto colonialistas. Ainda existe lei
no país, caramba, não… não existe! Se o
Marquês dos Cofres Gerais não ligar, então vou-me convencer de
vez que o reino acabou.
Num engarrafamento
de trânsito, a encher
o depósito de combustível,
para os que
podem, a tentar namorar com a colega, com a vizinha, ou com a mulher do outro,
sim, somos todos
carentes, elas
e nós, hoje
mais do que
nunca. Queremos amar,
apenas amar, mas ninguém nos presta atenção.
Elas pensam: «É, acho que esse é
maluco.» As femininas esfomeadas desejam matar a fome abrindo as pernas, mostrando o triângulo
desconhecido (?) sem bermudas. A fome
acaba-se, não desgasta o triângulo. Antes de Deus já existia a ideia do seu
desejo. Somos seres
inúteis. Não fazemos nada. Até
roubamos o que os animais
produzem.
Em adultos
temos que dormir
oito horas.
Quando acordamos não
nos apetece sair
da cama, e se fizer frio,
prolongamos ao máximo a estadia no colchão.
Lembramo-nos com terror
que temos que
ir trabalhar, senão
não comemos. Trabalhar
não… ajudar o patrão
a roubar. Essa de que
as empresas têm que
ter lucro para sobreviverem é uma boa merda que
inventaram. O patrão aparece com um carro de luxo, um avião particular, um iate. Esse gasto é dos trabalhadores.
Os patrões não
têm nada que
gastarem os lucros nessas coisas, mas
distribui-los pelos trabalhadores.
Acabemos com a palavra
trabalhador, operário.
Pois, ele, o patrão, investiu, criou postos de trabalho. Mas ninguém pergunta, onde é que ele
arranjou o dinheiro. Dizem que
se fartou de trabalhar e ficou rico.
Nada disso. Todos os trabalhadores têm direito
a serem sócios de qualquer
empresa no mundo.
A palavra patrão
tem que acabar.
Tomemos o que é nosso.
Repito: somos seres
inúteis. Não fazemos nada. Passamos o tempo
na casa de banho. A vestir
e a despir, a calçar e descalçar, a comer, a beber, a ver jogos
de futebol, a lavar
e a polir o carro. Gastando inutilmente água que
deveria ser utilizada em
campos de cultivo
para a obtenção de comida
saudável. Com
tratamentos médicos
contra as gripes e que a cada ano sempre aparece um
novo vírus.
Perdemos grande parte
da nossa vida
a experimentar um
novo fato.
Por isso Einstein só tinha três… todos iguais para não perder tempo na escolha.
Enterramos os nossos
entes queridos e vinte e quatro horas depois já não nos
lembramos deles. Tornámo-nos palhaços de
um grande
circo diário.
Consumimos o tempo que
nos resta
nos e-mails. Para
vermos a lixeira dos iguais ou piores que nós
e que quase nunca nos enviam nada de interessante. Sumariamente enviam-nos uma
desajeitada imagem de Jesus Cristo. Nunca pensaram no tempo
que perdemos a abrir
e a fechar portas?
Sempre com
medo dos assaltantes. Contem as vezes
que abrem e fecham portas
durante um
dia. Não conseguimos efectuar o salutar acto sexual porque
alguém nos
bate à porta, ou
o telemóvel toca. Pior
ainda é quando ela
ou ele
diz: «Estou cansada!» «Estou cansado!» Quando apetece a um
fazer amor não
é possível porque
o outro diz que
está cansado. Não
sabem viver. A vida
acabou. Pobres seres
humanos que não despertam.
O patrão é um ditador, todos os patrões
o são. Onde estão os comunistas? Será que
desapareceram para sempre?
Foram extintos? Ou
tornaram-se patrões? Andar na moda. Para quê
a moda? O que
interessa é vestuário para
o frio. No calor
podemos e devemos mostrar a nossa nudez. Que
nos interessa a moda
do vestuário? Inventam cada coisa. Como o perder tempo numa festa.
Na inutilidade do não conseguir derrubar os que nos
oprimem. Milhões trabalham para meia dúzia de patrões.
Estamos muito piores que no tempo de Marx nas fábricas
da Inglaterra.
Temos que “destruir” os que nos querem exterminar. Ficaremos livres para sempre. São
eles, os bancos, que apoiam a nossa miséria. Porque quem
nos explora vem de lá,
apregoando os valores democráticos deles. Que
temos de ir para a frente com as máquinas deles, com
a sua tecnologia,
mas nós
não precisamos disso para
nada. Só nos
enviam pedófilos, (com inumeráveis que já temos), cleptómanos, falsos engenheiros
e doutores. Os que
aqui chegam deviam fazer-lhes um exame psiquiátrico. Eles
são quase
todos doentes, dementes. Só enviam para aqui maníacos. Que o petróleo
é importante para
a nossa economia.
É mas é para
a economia deles.
Gastamos o tempo
em compras
e a fumar cigarros.
A Igreja não consegue, pelo
contrário, aumenta as nossas angústias. Nada
nos resta porque
não sabemos em
quem acreditar.
Continuamos como sempre
na liberdade que
nos prometeram. Vamos para
o trabalho que não
temos, regressamos… e é só.
O eterno
problema do mundo é as mulheres?! Não,
são os homens!
No futuro
as mulheres alcançarão a liberdade total.
Nelas se concebem os filhos com a nossa ajuda. No futuro
os filhos nascerão em
laboratórios sem
mulheres. Nascerão perfeitos
numa fábrica sem os inconvenientes genéticos da imperfeição.
Os homens farão encomendas
de mulheres que
os amarão verdadeiramente. E as mulheres
também. Com
isto a maldade
acabará para sempre porque todos
nascerão perfeitos. O homem ou a mulher encomendarão o par
dos seus sonhos,
bebé ou adulto,
que se fabricará rapidamente. Livre de maldades
a humanidade triunfará. O ser
humano atingirá a sua
pretensão: Ser feliz para sempre.
Aventureiros de todo o mundo, bem-vindos
a Angola. Este
Governo saúda-vos!
O Bispo
de Malanje disse que a Rádio Ecclesia para chegar a todo o país basta carregar no botão. Certo, mas falta carregar no botão da inquisição do MPLA.
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