terça-feira, 3 de julho de 2012

OS JASMINS DA LWENA (03) Um comandante inglês exterminou várias tribos índias durante a colonização americana, com o vírus da varíola em cobertores.




Poucos meses antes de 1975, num dos seus comunicados, o bureau político do MPLA já nos garantia: «E assim o nosso povo continua na miséria.» Passados quase cinquenta anos, a miséria continua, mais atroz, total e completa.
A História repete-se. Em particular Cabinda, e no geral Angola, estão exactamente como a Argélia no tempo do colonialismo francês.
«Angola não é só Luanda. Anónimo disse... Por favor socorram o Povo da Provincia do Zaire. Socorro isto é demais. Convido-vos visitar o Zaire para conhecer Angola Profunda. Pelmenos terão mas noticias e Angola deixara de ser apenas Luanda. 18 de Abril de 2010 17:32» In morrodamaianga.blogspot.com/
E os campeões da democracia são antigos amigos, apoiantes de regimes corruptos ditatoriais que prendem e eliminam opositores políticos ou quem exprima opinião contrária. Viver é subir nas montanhas do íngreme sofrer. Viver é o eterno esperar do desesperar até morrer.
Não! Nunca serás convertida mas, uma estátua ser-te-á erigida, dirigida. Converter sons é comunicar com a nossa alma. O mundo está superpovoado e contudo sentimo-nos muito sós. Continuamos opressos pela solidão. Estamos, ocultamos que continuamos sós neste Universo muito próximos das multidões, mas distantes do que amamos.
Restam-nos as prisões dos nossos corações. Os inventos que se fazem encurtam as distâncias. Viajamos muito rápido para qualquer ponto do globo, mas os nossos corações continuam no flutuante, hesitante mais longínquo.
Não! Não serás convertida, espremida. Estás sempre omnisciente... e aflorada, inundada com beijos de paz das sementes progenitoras das saudades inclementes. Como um navio a navegar no mar da saudade.
Nos próximos tempos será impossível conceber planos a longo prazo porque nos embrulham em papel doirado. Prosseguimos na marcha inóspita do final de mais uma civilização. Porque nascemos na bênção da ilusão. Os especialistas da malvadez estão no trono outra vez. Tentamos, lutamos para sermos felizes mas as doses letais da intolerância política, religiosa, social e económica fortalecem-se. Os poderes públicos dos homens que nos desgovernam são como o pandemónio do trânsito enlatado, do que resta do serpentear das cidades. Esta é a década da corrupção, da conspiração genética que abrigou, colocou imberbes no poder. E vão arruinar, arquivar esta civilização. Ah!.. E por quanto mais tempo assim continuarão (?)
Sendo maldoso por natureza, qual é a utilidade do ser humano?
E houve um tempo, este, actual, que inexplicavelmente só nasciam néscios. O tempo do contrariamente ao século das luzes, esta é a centúria da escuridão. Até a velha democracia da Álbion sucumbiu. Precisamos de um novo sistema político. Mais democracia não, nunca, jamais.
Não me recordo quem me disse que: A ditadura organizada dá-nos algum pão, mas tira-nos a liberdade. A democracia dá-nos a liberdade, tira-nos o pão e congela-nos as contas bancárias. Talvez sejam meras conjecturas de políticos que habitualmente nos conduzem à desgraça. Lembro-me da propaganda deles: O programa político não destoava, resumia-se: «queremos o nosso dinheiro!» Vi que se gastavam milhões, biliões de dólares na compra de jogadores de futebol. E os esfomeados nos campos relvados sentiam-se no Olimpo, convidados pelos seus deuses da bola. Nunca imaginei um reino, com golpes de estado diários, permanentes. A maldade não triunfará. Temos que esmagar a infâmia.
Concluí que: se não consigo sobreviver num mundo de absurda maldade, é porque sou autista. O maior erro que cometi na minha vida… foi ter confiado nos seres humanos. Então, comecei à procura do amor perdido. Esse amor Borgiano em que: todos os pontos do amor estão contidos num só ponto.
Donde vêm o pensamento? Como se originam as paixões amorosas? No ser humano, no erro da Criação, da evolução. E continuam a produzir milhões de máquinas para nos destruírem. O planeta Terra estava feliz, organizado, até que apareceu a tal coisa que alguém se lembrou de chamar de ser humano. A espécie que à chegada só pensa em destruir.
Se descobrir a origem do pensamento criativo serei imortal. À procura da origem do pensamento criativo… está tão distante, está tão próximo, está aqui ao meu lado, tão próximo de mim… é o amor. Pensamos porque amamos.
Os nossos semelhantes conseguiram uma proeza notável, digna da sua espécie: Proibiram-nos usufruir dos prazeres da Natureza.
Os animais respeitam os seres humanos, estes desprezam-se imenso. Exterminam-se, abatem tudo que se mova. Somos os primeiros da sua lista. Têm a fatalidade genética, como os adoradores do Mal, que sentem imensa felicidade em ver sofrer o seu semelhante. Isto faz parte do seu código genético que é: 000 ou 0,000.
Em 1835, Thomas Babington Macaulay, decidiu acabar com os valores literários da Índia. Pretendia que a sua herança milenar desaparecesse da civilização. Um comandante inglês exterminou várias tribos índias durante a colonização americana, com o vírus da varíola em cobertores.
Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança; E criou o homem à sua imagem: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a;
O horrível que existe nas ditaduras, é o separar das famílias. Sentem imenso prazer em destruir tudo o que sejam laços familiares. Há quem pense retirar os genes da maldade à nascença. A História da Humanidade é a história da selva humana.
O que alguns homens inventam, para dominarem os outros, não pode ser levado a sério. Como a visão apocalíptica… quotidiana, da segunda vinda de Cristo, eternamente adiada.
Ingenuamente perguntei a um médico amigo, porque é que o famoso cirurgião cardíaco, Dr. Christiaan Barnard, faleceu de um ataque cardíaco. Elucidou-me: «Com a idade, o coração fica velho… cumpriu a sua missão».
E o amor também desapareceu dos radares.
É fácil de ver, aliás nota-se à distância. Depois da morte do rei, Angola por direito de sucessão passa inteirinha, dividida pelos filhos, para os príncipes herdeiros e Eleitores. É uma democracia reinante.
Os tempos mudaram muito, estão sempre a mudar… o ser humano não… piorou muito. Na certeza que a família sucumbiu, está inexistente. Cada um que se safe, é a regra de vivência que não me lembro quem inventou. Claro que é fácil de saber quem foi. De certeza que foi um banqueiro ou um especulador. Apesar de obrigados a comer toneladas de informação diária, no entanto estamos sós. Abandonados na grande epidemia da fome e do desemprego. São milhões ou serão biliões? Os números sempre a aumentarem! Era esta a promessa dos milagres técnicos da ciência para o ano 2.000! Aguardo o fim dos meus dias, não é isso que sucede a todos?!
Lembro-me de Mark Twain e da comparação que fez entre um homem e um rato: «Não... seria fazer uma injustiça ao rato.» E entre um homem e um cão: «Se acolheres um cão faminto e lhe deres conforto, ele não te morderá.» «Quando chegares à porta do Céu, deixa o teu cão do lado de fora.»
O que interessa é retratar a maldade do ser humano. Pessoalmente se me dessem a escolher entre um homem e um leão, escolheria logo o leão. Porque o conheço bem, enquanto que o homem é cheio de manhas, e só demasiado tarde o conhecemos, o desvendamos. Porque é que os ratos invadem as casas dos homens? Porque estes roubam, fazem concorrência desleal aos ratos, imitam-nos, e os ratos descontentes não aceitam a exclusão social.
Quer queiramos quer não, participamos sempre na guerra de Tróia. Tudo o que até agora se passou, desses tempos, são imitações que teimamos nelas persistir. Quem não conhecer a guerra de Tróia, fatalmente, sem se dar conta, terminará nessa tragédia. Este é o destino, o nosso destino. Primeiro o Estado Novo, depois a Revolução dos Cravos, e a miséria agenda-se. Não há libertadores, descolonizadores. Há renovação de opressores nas lutas de libertação. Em Jingola, o cidadão honesto que goste de trabalhar, tenha ideias para o bem da comunidade, que revele sabedoria, o poder acusa-o de antipatriota, e sumariamente julgado, executado com a pena de reclusão.
Chegaram as duas horas da manhã. Vou para a janela atraída pelo barulho da chuva. Mas que grande chuvada. É tão imponente que a rua parece um rio. Faz-me lembrar a minha epopeia, o meu reino, que ainda vive na eternidade do passado, confunde-se ou convive com o presente, à procura do seu futuro. Posso afirmar que tenta sobreviver das ruínas arqueológicas. Vivemos perdidos no tempo presente, misturados, baralhados no passado e no futuro. Não é necessário estudar muito para saber que há oceanos de abundantes idiotas.
Somos tão pequenos perante tanta imensidão. E no entanto, persistimos que somos gigantes, que somos os melhores. Duvidamos, não aceitamos as nossas origens. Só quase na hora da morte nos lembramos da inutilidade da nossa vida. Nessa hora, nesse momento, regressamos às nossas verdadeiras aspirações, mas é demasiado tarde. Queremos voltar, mas o regresso está eternamente adiado. Então durante uns minutos, uns segundos, lembramo-nos finalmente da vida. Vivemos para recordar uns ténues momentos antes da morte. Isto é a verdadeira vida.
O sucessor de Omar Bongo é o seu filho. E em Angola?!
Tudo concebemos para nos entristecermos. Desde o mais microscópico ao mais gigantesco, e uma luta incessante pela sobrevivência no Universo acontece. Para obter energia, assim que a luz solar surge, é a corrida na procura de algo para comer. Vale tudo, porque as espécies animais, as estrelas, os planetas, as galáxias, perseguem o que lhes dá a vida. Uns lutam de dia outros à noite. Vinte e quatro horas sem eternidade, a luta pela sobrevivência desperta, alerta.
O vivo marulho da vida das ondas do mar que nos persegue. O chocar constante com a areia das margens que ciclicamente se desfazem, e depois voltam à normalidade sem intervenção humana. A Natureza cumpre o seu destino, o ser humano altera-o, adultera-o. Como vingança, o mar apela para os seus companheiros em terra, e despeja a sua fúria contra os que o ousam desafiar. Assim foi, assim será. A aleivosia à morte é característica dos humanos. Cruel destino sem saída. Nascer, não viver.


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