E conseguiram
arrasar tudo, como o mais violento dos ciclones. Finalmente a Internet já está
como a água e a luz. Isto é África no abandono das marés. Angola está como a
África parecendo um navio em alto-mar com os escravos a serem baldeados borda
fora. Não serão motivos políticos que estão por trás da Internet muito lenta na
batalha eleitoral? Estações de rádios, televisões e jornais estão militarizados
e só faltava silenciar a Net para que a oposição fique sem nenhuma hipótese de
comunicação. Mas isto é uma gigantesca fraude, e já são tantas, tantas que as
eleições se tornam inviáveis.
Quanto mais me
batem nas costas mais elas se enrijecem. Sidi Omar al-Mukhtar, 1862-1931, herói
da resistência líbia contra o colonialismo italiano.
O principal caminho
que nos conduz ao templo das cavernas é o dos desmandos dos mandos eleitorais.
Como já estamos no templo cavernoso, a lei do cacete manda, comanda. Assim o
eleitor vota à cacetada no partido do primitivismo.
Passa um pouco da
meia-noite na Luanda do terror. Ouvem-se dois tiros de AKM algures na Avenida
Comandante Valódia, ex/Combatentes, que parecem explosões devido ao extremo
silêncio do que agora à noite Luanda parece, ou é, uma cidade fantasma. A
origem dos disparos deveu-se a um bando de crianças que queria roubar a arma de
um segurança. Ele disse que todas as noites bandos de crianças circulam pela
cidade como mabecos, e que quando conseguimos nos libertar de uma, outra já
está nas nossas costas para nos atacar, até nos imobilizarem. São terríveis,
metem medo, e se não estamos armados, não vale a pena, não os aguentamos.
“ É a parte que nos
cabe, neste latifúndio.”
Eles querem-nos
levar, para as cavernas hibernar.
Neste ocidental
império bárbaro, onde se praticam fraudes eleitorais tão escancaradas, tão
incivilizadas, que obrigam até a ruidosas gargalhadas. Onde é tão fácil um do
restrito bando do eterno poder usar a ilicitude de um bilhão de dólares sem
nunca trabalhar. Onde chineses/vietnamitas com incrível à vontade impõem-nos o
regresso ao comunismo primitivo, com a contrafacção de tudo, lâmpada
incandescente que não funciona, e até nos exportam uma coisa parecida com
sabão. Onde pelas seis, sete horas da manhã, e até à meia-noite ou mais tarde
só se ouve o serrar de tubos, calhas de ferro, etc, pelos tecnólogos
chineses/vietnamitas, e o desemprego do mwangolé que até lhe podemos chamar,
República dos Desempregados de Angola, num regresso muito veloz às cavernas.
Onde chineses/vietnamitas mijam e cagam ostensivamente à vista de todos. Onde
Angola é o único país do mundo que tem leis que legalizam a corrupção. Onde em
todo o lado a miséria é atracção turística. Onde a água é, cisternas para eles
e água para ninguém. Onde é uma questão de sorte ter energia eléctrica. Onde o
petróleo abunda exclusivamente para Ali-Babá e os seus quarenta accionistas.
Onde as crianças nascem e depois é pura sorte sobreviverem, por exemplo: quem
resiste ao infernal barulho diário das motas de escape livre, do partir
paredes, música estrondosa, do fumo dos geradores, porque isso da luz é o
reforço da fraude, e há que vender geradores, e o serrar ferros? Quem consegue
dormir? Onde compramos tudo importado, alho, cebola, tomate, até o sal, uma
imposição de Portugal, devido aos agora extremos laços de amizade como dantes
nos mares naufragados, colonizados. Onde se esperam violentos tumultos pela
repressão extremamente agressiva, selvática, que ninguém conseguirá suster,
porque se atingiu o limite da potência da paciência, da fome que está muito
para além do insustentável. Angola não é Darfur, não é nenhuma colónia
portuguesa, Chinesa, ou como alguns pretendem, outra Síria. Angola prepara-se
finalmente para a luta da liberdade e independência. Onde até as igrejas se
constituem como partidos políticos. Onde, etc, etc, no colonialismo e na
escravidão não desejamos continuar, queremos, e vamos nos libertar.
Segundo a RNA,
algures numa localidade da Huíla, as populações ganharam uma nova administração
municipal
O erro mais crasso
de qualquer incompreensão de um Poder é o uso bárbaro da violência repressiva
contra a inteligência. E como a inteligência sempre se sobrepõe, a fraqueza do
Poder acaba sempre por ajoelhar-se, vergonhosamente rendido, sem forças, sem
argumentos, irremediavelmente abatido. Porque até agora
ninguém se lembrou de criar uma universidade para ditadores?
O minoritário e as potências estrangeiras que o apoiam tentam imitar
Napoleão que venceu as primeiras batalhas, mas a última, a de Waterloo
ser-lhe-á desastrosa, tal como também o todo-poderoso Hitler na Normandia, no Dia
D.
Frase agora muito em voga do mwangolé: «Esqueci-me!»
Ó Senhores! Não são as manifestações que são extemporâneas, o poder
ditatorial e repressivo em todos os domínios é que é de facto e de jure
extemporâneo.
Os desejos das
pessoas sinceras e honestas que acreditam, que têm fé, jamais se devem
desprezar, porque significam a ténue esperança que nos resta do amor. Sem elas,
sem dúvida que pereceremos. Independentemente das suas convicções religiosas, o
que interessa é o que elas têm dentro da sua alma. Procedendo de outro modo,
estamos no caminho errado da intolerância.
Porque é que os
estrangeiros continuam com a manutenção do desrespeito total a tudo que seja
mwangolé? Porque o mwangolé também não respeita as leis?
E ainda há quem
insista na batalha perdida de lutar contra o seu próprio povo.
Creio que existe a
necessidade da revisão do que é ser humano. Por exemplo, a opressão jamais
poderá entrar na classe do ser humano, mas numa classe nova, que poderemos designar
por, seres muito perigosos com deficiências mentais, e logo, logo, capturá-los,
enjaulá-los e colocá-los num centro psiquiátrico de alta segurança.
Desde que os
palacianos poderes e as suas dependências estejam amplamente iluminados e
inundados de água, o resto que se dane.
Dantes eram todos
contra a escravidão, o colonialismo, o imperialismo, o neocolonialismo,
defensores dos povos oprimidos, amantes da liberdade e independência dos povos.
Que não era possível o nosso povo viver na miséria, etc. E hoje esses grandes
revolucionários o que são?
Alguma vez
aconteceu num país que generais empresários fomentassem emprego e bem-estar?
Sim, em Angola, onde a democracia e o empresariado estão bem militarizados, de
fardas generalizados, e pelas milícias sustentados.
E finalmente o
Senhor do Petróleo conseguiu converter as igrejas de Angola. E uma nova
religião surgiu, tendo como teologia principal a adoração dos dinheiros do
petróleo. E o nome dessa religião é Petrolismo.
Com a cidade do
Kilamba já ganhámos mais um título mundial na classe de cidades fantasmas. Nas
Lundas sairá mais uma fantasmagoria, uma nova cidade já baptizada, dos Santos,
que muito naturalmente também será outra cidade fantasma? E Angola passará a
denominar-se, República das Cidades Fantasmas de Angola?
E os campos
petrolíferos inundam as igrejas da maiuia de sabedoria… e de dinheiro.
Porque é que alguém
quando escreve diferente, de modo mesmo minimamente crítico, relevando as
verdades da miséria e da opressão ainda coloniais, o minoritário e a sua
minoria tomam-nos por inimigos a abater? E porque também porquê só a equipa do
minoritário ganha prémios de jornalismo, de literatura, de poesia, etc?
"Orgulhosamente sós", na caverna, à espera da luz democrática, que
não demora, mas que entretanto já lhes arrebata os portões sem bibliotecas.
Está mais que visto
que o minoritário é o candidato do desastre eleitoral.
Sete coisas que
identificam um mwangolé:
1 Som de música
insuportável.
2 Partir paredes,
martelar em qualquer coisa e serrar ferros para fazer gradeamentos
3 Reservatório de
água.
4 Beber, beber,
beber álcool, será porque não tem água?
5 Gerador, isso de
energia eléctrica só existe nas enciclopédias.
6 Não fala, grita,
porque está surdo por causa do infernal barulho musical.
7 As leis dependem
dos corruptos, e como eles não funcionam, os mwangolés também não.
Nunca tão poucos
fizeram tantas fraudes.
Com o cenário do
teatro infantil eleitoral montado, escanzelado, e apoiado pelo regresso às
cavernas da invasão chinesa, Angola vive neste momento o regresso ao
primitivismo incrível. Angola não pode, não deve, tem que sair das cavernas. As
estruturas dos vinte bilhões de dólares da China desabam Angola. É o
primitivismo da manutenção dos biliões de dólares nas contas pessoais neste
latifúndio, neste pantanal petrolífero. E nesta selva petrolífera primitiva não
há, não pode haver lei, nem ordem, como lhes convém. Por isso pode-se prender e
aniquilar os outros como se fossem também selvagens.
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