domingo, 12 de agosto de 2012

O nosso glorioso regresso ao templo das cavernas



E conseguiram arrasar tudo, como o mais violento dos ciclones. Finalmente a Internet já está como a água e a luz. Isto é África no abandono das marés. Angola está como a África parecendo um navio em alto-mar com os escravos a serem baldeados borda fora. Não serão motivos políticos que estão por trás da Internet muito lenta na batalha eleitoral? Estações de rádios, televisões e jornais estão militarizados e só faltava silenciar a Net para que a oposição fique sem nenhuma hipótese de comunicação. Mas isto é uma gigantesca fraude, e já são tantas, tantas que as eleições se tornam inviáveis.
Quanto mais me batem nas costas mais elas se enrijecem. Sidi Omar al-Mukhtar, 1862-1931, herói da resistência líbia contra o colonialismo italiano.
O principal caminho que nos conduz ao templo das cavernas é o dos desmandos dos mandos eleitorais. Como já estamos no templo cavernoso, a lei do cacete manda, comanda. Assim o eleitor vota à cacetada no partido do primitivismo.
Passa um pouco da meia-noite na Luanda do terror. Ouvem-se dois tiros de AKM algures na Avenida Comandante Valódia, ex/Combatentes, que parecem explosões devido ao extremo silêncio do que agora à noite Luanda parece, ou é, uma cidade fantasma. A origem dos disparos deveu-se a um bando de crianças que queria roubar a arma de um segurança. Ele disse que todas as noites bandos de crianças circulam pela cidade como mabecos, e que quando conseguimos nos libertar de uma, outra já está nas nossas costas para nos atacar, até nos imobilizarem. São terríveis, metem medo, e se não estamos armados, não vale a pena, não os aguentamos.
“ É a parte que nos cabe, neste latifúndio.”
Eles querem-nos levar, para as cavernas hibernar.
Neste ocidental império bárbaro, onde se praticam fraudes eleitorais tão escancaradas, tão incivilizadas, que obrigam até a ruidosas gargalhadas. Onde é tão fácil um do restrito bando do eterno poder usar a ilicitude de um bilhão de dólares sem nunca trabalhar. Onde chineses/vietnamitas com incrível à vontade impõem-nos o regresso ao comunismo primitivo, com a contrafacção de tudo, lâmpada incandescente que não funciona, e até nos exportam uma coisa parecida com sabão. Onde pelas seis, sete horas da manhã, e até à meia-noite ou mais tarde só se ouve o serrar de tubos, calhas de ferro, etc, pelos tecnólogos chineses/vietnamitas, e o desemprego do mwangolé que até lhe podemos chamar, República dos Desempregados de Angola, num regresso muito veloz às cavernas. Onde chineses/vietnamitas mijam e cagam ostensivamente à vista de todos. Onde Angola é o único país do mundo que tem leis que legalizam a corrupção. Onde em todo o lado a miséria é atracção turística. Onde a água é, cisternas para eles e água para ninguém. Onde é uma questão de sorte ter energia eléctrica. Onde o petróleo abunda exclusivamente para Ali-Babá e os seus quarenta accionistas. Onde as crianças nascem e depois é pura sorte sobreviverem, por exemplo: quem resiste ao infernal barulho diário das motas de escape livre, do partir paredes, música estrondosa, do fumo dos geradores, porque isso da luz é o reforço da fraude, e há que vender geradores, e o serrar ferros? Quem consegue dormir? Onde compramos tudo importado, alho, cebola, tomate, até o sal, uma imposição de Portugal, devido aos agora extremos laços de amizade como dantes nos mares naufragados, colonizados. Onde se esperam violentos tumultos pela repressão extremamente agressiva, selvática, que ninguém conseguirá suster, porque se atingiu o limite da potência da paciência, da fome que está muito para além do insustentável. Angola não é Darfur, não é nenhuma colónia portuguesa, Chinesa, ou como alguns pretendem, outra Síria. Angola prepara-se finalmente para a luta da liberdade e independência. Onde até as igrejas se constituem como partidos políticos. Onde, etc, etc, no colonialismo e na escravidão não desejamos continuar, queremos, e vamos nos libertar.
Segundo a RNA, algures numa localidade da Huíla, as populações ganharam uma nova administração municipal
O erro mais crasso de qualquer incompreensão de um Poder é o uso bárbaro da violência repressiva contra a inteligência. E como a inteligência sempre se sobrepõe, a fraqueza do Poder acaba sempre por ajoelhar-se, vergonhosamente rendido, sem forças, sem argumentos, irremediavelmente abatido. Porque até agora ninguém se lembrou de criar uma universidade para ditadores?
O minoritário e as potências estrangeiras que o apoiam tentam imitar Napoleão que venceu as primeiras batalhas, mas a última, a de Waterloo ser-lhe-á desastrosa, tal como também o todo-poderoso Hitler na Normandia, no Dia D.
Frase agora muito em voga do mwangolé: «Esqueci-me!»
Ó Senhores! Não são as manifestações que são extemporâneas, o poder ditatorial e repressivo em todos os domínios é que é de facto e de jure extemporâneo.
Os desejos das pessoas sinceras e honestas que acreditam, que têm fé, jamais se devem desprezar, porque significam a ténue esperança que nos resta do amor. Sem elas, sem dúvida que pereceremos. Independentemente das suas convicções religiosas, o que interessa é o que elas têm dentro da sua alma. Procedendo de outro modo, estamos no caminho errado da intolerância.
Porque é que os estrangeiros continuam com a manutenção do desrespeito total a tudo que seja mwangolé? Porque o mwangolé também não respeita as leis?
E ainda há quem insista na batalha perdida de lutar contra o seu próprio povo.
Creio que existe a necessidade da revisão do que é ser humano. Por exemplo, a opressão jamais poderá entrar na classe do ser humano, mas numa classe nova, que poderemos designar por, seres muito perigosos com deficiências mentais, e logo, logo, capturá-los, enjaulá-los e colocá-los num centro psiquiátrico de alta segurança.
Desde que os palacianos poderes e as suas dependências estejam amplamente iluminados e inundados de água, o resto que se dane.
Dantes eram todos contra a escravidão, o colonialismo, o imperialismo, o neocolonialismo, defensores dos povos oprimidos, amantes da liberdade e independência dos povos. Que não era possível o nosso povo viver na miséria, etc. E hoje esses grandes revolucionários o que são?
Alguma vez aconteceu num país que generais empresários fomentassem emprego e bem-estar? Sim, em Angola, onde a democracia e o empresariado estão bem militarizados, de fardas generalizados, e pelas milícias sustentados.
E finalmente o Senhor do Petróleo conseguiu converter as igrejas de Angola. E uma nova religião surgiu, tendo como teologia principal a adoração dos dinheiros do petróleo. E o nome dessa religião é Petrolismo.
Com a cidade do Kilamba já ganhámos mais um título mundial na classe de cidades fantasmas. Nas Lundas sairá mais uma fantasmagoria, uma nova cidade já baptizada, dos Santos, que muito naturalmente também será outra cidade fantasma? E Angola passará a denominar-se, República das Cidades Fantasmas de Angola?
E os campos petrolíferos inundam as igrejas da maiuia de sabedoria… e de dinheiro.
Porque é que alguém quando escreve diferente, de modo mesmo minimamente crítico, relevando as verdades da miséria e da opressão ainda coloniais, o minoritário e a sua minoria tomam-nos por inimigos a abater? E porque também porquê só a equipa do minoritário ganha prémios de jornalismo, de literatura, de poesia, etc? "Orgulhosamente sós", na caverna, à espera da luz democrática, que não demora, mas que entretanto já lhes arrebata os portões sem bibliotecas.
Está mais que visto que o minoritário é o candidato do desastre eleitoral.
Sete coisas que identificam um mwangolé:
1 Som de música insuportável.
2 Partir paredes, martelar em qualquer coisa e serrar ferros para fazer gradeamentos
3 Reservatório de água.
4 Beber, beber, beber álcool, será porque não tem água?
5 Gerador, isso de energia eléctrica só existe nas enciclopédias.
6 Não fala, grita, porque está surdo por causa do infernal barulho musical.
7 As leis dependem dos corruptos, e como eles não funcionam, os mwangolés também não.
Nunca tão poucos fizeram tantas fraudes.
Com o cenário do teatro infantil eleitoral montado, escanzelado, e apoiado pelo regresso às cavernas da invasão chinesa, Angola vive neste momento o regresso ao primitivismo incrível. Angola não pode, não deve, tem que sair das cavernas. As estruturas dos vinte bilhões de dólares da China desabam Angola. É o primitivismo da manutenção dos biliões de dólares nas contas pessoais neste latifúndio, neste pantanal petrolífero. E nesta selva petrolífera primitiva não há, não pode haver lei, nem ordem, como lhes convém. Por isso pode-se prender e aniquilar os outros como se fossem também selvagens.


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