Parafraseando: violento se diz do amor, mas não
se dizem violentos aqueles que o oprimem.
Construir uma pirâmide é atingir o cume da
perfeição, dizem. E tu, quando constróis a tua pirâmide, e atinges o cume da
perfeição do amor?
Convém ressaltar que os Lordes são os senhores
absolutos de Jingola. Todas as riquezas estão em seu poder, e as vidas dos
jingolas e dos tchavolas também. Os jingolas são os seus servidores e
bajuladores. Os tchavolas são a negação do que é ser humano, são os ratos do reino
Jingola.
Os choros das crianças angustiam os nossos
corações. Ficamos como que presidiários nas correntes intemporais das nossas
inconsciências. Tudo à nossa volta se move, e nós tão absortos, pasmados, sem
decisões, atolados. As palavras já não fazem sentido de tão repetitivas. O
tempo parou o chorar, já não há ninar. Resta apenas o esperar do desesperar.
Deixamo-nos dominar pelo senhor das urtigas na consciência.
Parece que tudo se compõe de imperfeição.
Antes, nos tempos da maravilha humana, as vozes soavam cadenciadas, agora não,
tudo se desentende no apelo submisso da desunião. Os comboios circulam nos
carris dos ventos do desespero. O destino é o fim dos seus carris. E todos se
perfilam quando ainda ao olharem para o que resta da miragem celestial, vêem
voar um bando de andorinhas, bem organizadas, exemplarmente disciplinadas. Há
sempre pessoas que correm muito, não querem perder os rastos dos seus futuros
que se avizinham trágicos. Pelo contrário, existem sempre outras pessoas que
muito lentamente observam as correrias tresloucadas dos seus homólogos, estes,
são os mestres da observação.
Será como Jingola, a última batalha dos nossos
generais líbios e sírios?
Como os ditadores são tão inúteis enquanto
vivos, e perante as suas mortes, porque: «Sem transparência, advinham-se
Egiptos ou até Líbias, mais cedo ou mais tarde.» in Marcolino José Carlos Moco
Jingola ainda é considerada um campo de
batalha, porque tem muitos generais no poder, quase como a sua dimensão
territorial. E por isso, quem não pertence aos seus exércitos seja considerado
inimigo a afastar, a abater dos quadros administrativos.
O efectivo militar inclui o pessoal civil sob
tutela de um qualquer general-governador. É como a pureza da raça ariana, que
extermina a outra, os apátridas, os espoliados que nem direito têm a
chamarem-se de tchavolas.
Só quem vive inundado de milhões de dólares,
esses sim, são os puros Lordes, os outros nem direito ao lixo têm, porque os
excessivos zeladores fiscais perseguem-nos, cumprindo as ainda remanescentes
orientações revolucionárias: quem não estiver de acordo com os postulados do
nosso partido de vanguarda, que seja torturado, e depois arrastado e abandonado
em qualquer lixeira, que é o que mais existe, abundante.
Que triste fim aguarda estes revolucionários. O
Inferno já lhes tem lugares reservados, à disposição. Só que sem dinheiro, sem
riquezas, porque por ali tudo arde sem compaixão, tal e qual como eles são. E a
ala de uma incerta igreja acompanha-os, porque há sempre algum destroço
perdido.
E enquanto o bando dos seis continuar a
desmantelar o poder democrático, Jingola é, e será por vontade unilateral, uma
imensa Tchavola em África.
E com tantos, tantos generais no poder,
significa que a guerra ainda não acabou. Assim, o próximo inimigo já eleito por
unanimidade pelos Lordes é sem dúvida alguma, o povo tchavola.
Como os ditadores ainda não conseguiram um
comprimido, que obrigados a tomá-lo, ficaríamos todos idiotas, a única droga
que lhes resta é obrigarem-nos pela força das armas à idiotice geral.
E neste ambiente democrático finalmente
implantado, podemos de facto e de jure, criarmos a comissão do congelamento de
todos os bens ilícitos usufruídos pelos nossos Lordes corruptos. Os sempre os
mesmos que persistem na divisão dos lucros petrolíferos e de todas as outras
riquezas que são dos tchavolas. E que teimosamente, ditatorialmente os
espoliam.
E com isto, eis ainda não chegado o tempo da
instauração da democracia.
Em Jingola, denunciar a corrupção é crime de
difamação.
Agora, até a um monumental monte de lixo se
chama democracia.
E ao respirar, sente-se o cheiro intenso da
ditadura que ainda polui o ar e os nossos corações.
Este petróleo cheira a morte, a corrupção, a
miséria.
Uma máfia terrível que divide entre si os
biliões de dólares do petróleo, e como se não lhes chegasse… privatizam Jingola,
os jingolas e os tchavolas. Sim! Até as populações são propriedade privada,
porque vivem na escravatura e à obediência cega da vida e morte dos seus
senhores.
Mantém exércitos privativos que espalham o
terror nas populações. Exércitos fortemente armados e municiados, um hino, uma
bandeira e um palácio, e aqui temos mais uma ditadura para nos impor a
selvajaria diária.
Os tempos seguintes adivinham-se atrozes,
sangrentos, humilhantes. Os escravos têm que aprender a levantarem a cabeça, e
dizerem, BASTA! NÃO!
O importante é defender muito em especial, os
interesses tsins, pães de açúcar e emboabas, etc., para que a escravidão
permaneça, e um grupo de déspotas nos devore os corpos e as almas.
Tudo isto sob o olhar de peixe morto, da
cumplicidade e complacência das igrejas corruptas, que para mendigarem uma
sobras petrolíferas vendem os rebanhos humanos dos poucos crentes que lhes
restam. As igrejas são, e serão sempre, as igrejas do demónio. De cónegos e padres
frustrados que revendem as almas à ditadura, porque de quociente intelectual
tão baixo, a única saída que lhes resta das suas vis e vãs existências, é o
inútil sacerdócio nas igrejas às moscas, mas infestadas de sacerdotes
pedófilos. E insistem que pregam o evangelho na Terra.
Sim, o evangelho segundo Santo Pedófilo.
É por isso que as populações aderem cada vez
mais à feitiçaria e a qualquer igreja improvisada. É que as nossas igrejas estão
demasiado petrolíferas. Obtêm daí dividendos e vendem o seu rebanho à neocolonização.
Não, as igrejas não são uma ditadura como essas
como ditadores há mais de trinta anos no poder. As igrejas são uma ditadura
milenar.
Se Deus é omnisciente e omnipresente, como é
que o Papa lhe pede para interceder nos conflitos humanos, e noutras misérias?
Teologia é a artimanha diabólica de pretender
provar uma entidade superior que não existe.
Como é triste verificar que estão a criar as
condições que conduzirão à inevitável luta de vida ou morte. Sim! Porque o que
sucede é a luta de um povo que não quer mais se deixar levar para o matadouro
do extermínio.
Para os Lordes as nossas vidas não têm nenhum
valor.
E insistem na declaração de que o dinheiro tudo
compra, incluindo o amor. Mas, passado algum tempo o amor revolta-se, porque a
impureza do dinheiro é momentânea.
Quando as árvores se despem, mostram-nos a
nudez dos seus troncos, e depois revivem, vestem-se de glória. É assim também
com o amor.
Os choros das crianças angustiam os nossos corações. Ficamos como que presidiários nas correntes intemporais das nossas inconsciências. Tudo à nossa volta se move, e nós tão absortos, pasmados, sem decisões, atolados. As palavras já não fazem sentido de tão repetitivas. O tempo parou o chorar, já não há ninar....
ResponderEliminarE insistem na declaração de que o dinheiro tudo compra, incluindo o amor. Mas, passado algum tempo o amor revolta-se, porque a impureza do dinheiro é momentânea.
Quando as árvores se despem, mostram-nos a nudez dos seus troncos, e depois revivem, vestem-se de glória. É assim também com o amor.
ESPETACULAR, SÁBIOS E VERDADEIROS...O POVO CHORA O SANGUE NA MESMA MEDIDA QUE JORRA O PETRÓLEO...INACREDITÁVEL QUE AINDA CHAMEM A ISSO DEMOCRACIA...QUANTOS MAIS TERÃO QUE MORRER E SOFRER PARA QUE ALGUEM DIGNO APAREÇA E TOME O PODER? O SANTO GRAAL SE RESUME EM UMA ÚNICA PALAVRA **JUSTIÇA**...MAS QUE SEJA IGUAL PARA TODOS.GRANDE ABRAÇO, GRATA POR PARTILHAR COM LADY MARLI.