domingo, 22 de abril de 2012

Sonho de uma dinastia eleitoral



Botsaris vai além, lembrando que a África está atrasada no tratamento de todas as epidemias existentes no mundo.
- A África é muito desorganizada politicamente, o que dificulta qualquer tipo de ação. Eles não conseguem controlar doenças que foram facilmente combatidas em outras partes do mundo, como a tuberculose e a febre-amarela. Lá todos os sistemas de saúde são precários, situação agravada por rivalidades éticas e tribais. In JB ONLINE

Presidente angolano disse a Hillary Clinton que haverá eleições «na devida altura»
Sim! Eleições nas indevidas indirectas atípicas. Proclamar antes do Parlamento que já fui eleito por maioria silenciosa. E lá chegado, lá aclamado, no poder eterno continuado. A eleição indirecta atípica garante a manutenção da FAMÍLIA e dos seus amigos coloniais nacionais e internacionais. É importante preservar o poder até porque há os estádios do CAN para inaugurar e no campeonato jogar. E depois há o mundial a seguir e nele também lá estar. É atípico ficar mais de trinta anos no poder. Decerto a dinastia isabelina se sucederá porque Angola é um Estado privatizado, de graça.

Moçambique segue no terceiro presidente, Cabo-Verde no quarto, Guiné-Bissau no sétimo, São Tomé e Príncipe no terceiro, África do Sul no quarto, enquanto Angola permanece desde 1975 na ditadura revolucionária do proletariado e no centralismo democrático. Voltar à eleição da Assembleia do Povo agora inventando o modelo sul-africano da eleição feita pelos parlamentares. Significa que em Angola jamais haverá eleições. Tudo seguirá pelo direito divino como se observa nas imagens da TPA onde o PR é divinizado. Em Angola a noção do tempo perdeu-se. Sem poder para legitimar a Constituição como pode o PR impor-se à Nação? Só acreditando que somos todos míseros escravos e analfabetos. E fingir-se-á de surdo como habitualmente e alterará a Constituição para que os seus filhos gozem do direito de sucessão ao trono. 

Este poder destruiu Angola e as suas populações. Destruiu a Nação e quer imortalizar-se numa falsa democracia. São os democratas das casas demolidas com o dinheiro do petróleo. Há uma coisa importante. O dinheiro do petróleo não é deles, é nosso, do povo! Vamos reaver o dinheiro que nos roubaram. Um governo que não garante água e luz deve imediatamente abandonar e entregar o poder a quem queira e saiba governar. Quem se interesse pelo bem-estar das populações.

O governo desestabiliza-nos, depois sadicamente diz que é a população que provoca desordens. É a feroz ditadura de Cabinda ao Kunene. Sempre os mesmos no poder, o estalinismo regressa, fortalece-se. Os espíritos das trevas de Mugabe e Idi Amin pairam, inspiram o poder em Angola. A diferença que há entre a Igreja e a ditadura? A Igreja destrói civilizações e as ditaduras, nações. É ingenuidade sustentar que um poder que se instituiu pela violência e permanentemente a exerce nunca sucumbirá com palavreado. Só a violência o derruba, o aniquila. Quando um poder com biliões de dólares nos impele para a fome, significa que o demónio existe. Quem sente prazer em formar e dirigir analfabetos nota-se claramente que odeia livros. E um poder que odeia leitura é extremamente perigoso. É como um intelecto de pacotilha. Qualquer demagogo se autopromove.

A miséria da população avança infernal, enquanto nos palácios o bem-estar consome a espoliação do que resta da população. Todos os prédios, torres e condomínios existentes são propriedades do povo angolano, porque é o somatório do que lhe roubaram. A população deve exercer o seu direito elementar que é confiscá-los por perdas e danos. E é necessária vigilância porque o “inimigo” tem muitas escutas espalhadas pelas ruas e esquinas. Angola e especialmente Luanda são fábricas de produção da morte. São como a feitiçaria que destrói a África negra, exala-lhe o último suspiro.

E Luanda vai ficar sem água, sem luz e sem esgotos. Os prédios, torres, condomínios e estádios de futebol da especulação e corrupção nacionalizados disformam, excedem o consumo previsto. Quando chegarem as chuvas e os ventos violentos, os custos não suportarão os proveitos. Mau negócio para os príncipes lavadores dos dinheiros do povo. Milhões de espoliados, abandonados e desempregados lutam nas ruas dos bairros decretados campos de concentração. Os novos-ricos triunfantes, não viverão em paz com o dinheiro da infâmia. Vegetarão no terror dos assaltos, na distribuição da riqueza forçada. Os assaltos e mortes reverterão grotescos. E se o negócio da carne de cães e gatos floresce é porque os chineses são bons clientes.

O angolano vive como um naufrago. Amealha durante um ano para gastar tudo na festa de aniversário. Depois passa fome e volta a poupar. Ou quando casa, a festa de casamento é altamente principesca. Tem que se dar a impressão de que se é rico. Depois em casa como marido e mulher não sobrou para uma arca congeladora. Ostentar riqueza perante tanta degradação social e moral no futuro adiado, dependente de estrangeiros. Por quanto mais tempo ficaremos nesta ditadura? E continuamos a brincar aos países. Porquê não haver luz e água, sempre difíceis? É fácil de ver que alguma coisa está errada. Por quanto tempo mais a hipocrisia internacional sustentará a falsa democracia em Angola? Primeiro eram os economistas sem crise. Angola sempre incólume aos desaires económicos. Agora são os economistas da Constituição incerta, para a ditadura enviar para o lixo a Constituição e ficar no poder até morrer. É porque o Ocidente e os EUA os apoiam.

Como disse Luís do Nascimento: «o país mais corrupto do mundo, não tem processos por corrupção.» E com a violação da constituição pelo PR o estado democrático e de direito esfumou-se. Agora é um Estado de tumultos. Regressámos à ditadura democrática do proletariado. De certeza que já não é o maioritário. É o MPLA minoritário. E sem luz e água liquida-se facilmente a oposição. Porque a população há muito que se finou. À mesma velocidade que se erguem infra-estruturas e se edificam outras, também à mesma velocidade se destroem. É como um Vietname, sem civilização. Não se apercebem que o aumento de potência dos ventos é para limpar a face da terra, varrer o lixo dos especuladores imobiliários. Não há diferença nenhuma entre o MPLA e o colonialismo, porque ambos investem no litoral. No interior de Angola a fome é atroz.

É formal, a genética incompetência firma-se no poder. Não o abandona porque confunde-se com a sabedoria inventada. Isolam-se e comandam povos estrategicamente analfabetos, empurrados até ao extermínio. A lotação e descontrolo hospitalar motejam-nos. Os substitutos negros do colonialismo branco são pobres imitadores da barbárie. Possuídos do sentimento destrutivo, fazem da governação a desolação. O cúmulo é que clamam que implantam a democracia. Que estranhos e pavorosos democratas nas pegadas de Estaline. E por incrível que pareça, as coisas tendem a piorar. O confronto não é de ideias mas, tumultuoso, inevitável.

E quando um governo há quase cinquenta anos não consegue abastecer electricidade e água às populações, não é governo, são comandantes de campos de concentração. Nas demolições sem indemnizações, nota-se a malvadez governamental. Os promotores benfeitores imobiliários já lá estão com as comissões financeiras para construírem bairros muito bonitos e eficientes. E assim enriquecem com a miséria das demolições das populações. É difícil de conceber que nesta época de caça ainda persistam caçadores de personalidades esquizóides que regridem, arrastam tudo e todos para o campo de concentração da eleição presidencial indirecta atípica. O mundo aprova e demite-se o povo. Sem população não haverá eleição. E eternamente o mesmo poder se reelegerá.




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